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Termômetro do Mercado: Vencimento de opções interfere na dinâmica local

A Bolsa de Valores trabalha hoje com vencimento de opções sobre Ibovespa, o que pode alterar a dinâmica dos negócios, especialmente para as blue chips Vale e Petrobras, ao mesmo tempo que o investidor acompanha o noticiário político após divulgação de temas que estariam no vídeo da reunião ministerial em que o presidente Jair Bolsonaro teria ameaçado demitir o então ministro da Justiça, Sérgio Moro. Lá fora, a manhã é de cautela tanto nas Bolsas quanto no mercado de commodities.

Com o vencimento de opções sobre o índice, os papéis da Petrobras, que estão entre os de maior peso no Ibovespa, podem operar com alguma volatilidade. Adicionalmente, o mercado monitora os estoques americanos de petróleo, cuja capacidade tem sido alvo de preocupações.

Ontem, pesquisa do American Petroleum Institute (API) apontou que houve alta de 7,6 milhões de barris nos estoques americanos da commodity na última semana. À espera do dado oficial, os contratos futuros de petróleo operam mistos: há pouco, o Brent para julho operava quase estável (-0,07%), a US$ 29,96, e o WTI para o mesmo mês subia 0,23%, a US$ 26,39.

Dentro da temporada de balanços, destaque para a Camil Alimentos que fechou o quarto trimestre fiscal (encerrado em 29 de fevereiro de 2020) com lucro líquido de R$ 83,6 milhões, queda de 16,6% sobre o mesmo período do ano anterior. O Ebitda cresceu 19% na comparação anual, para R$ 137,1 milhões. Já a receita líquida foi de R$ 1,491 bilhão, alta de 12% sobre o quarto trimestre fiscal de 2018.

O resultado da Camil referente ao 4T19 veio fraco em termos de volume, mas em linha com nossas expectativas. Em  nossa opinião, a companhia ainda é afetada pela forte competitividade nos setores em que atua, mas já mostra um início de uma recuperação de margem EBITDA devido ao trabalho de redução de despesas administrativas.

No mercado de câmbio, o dólar opera em baixa e ajuda induzir a queda dos juros futuros. Investidores monitoram o recuo das vendas no varejo no País abaixo das medianas esperadas para março. As vendas do varejo de março caíram 2,5% ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. No ano, o indicador acumula alta de 1,6% e, em 12 meses, de 2,1%.