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Termômetro do Mercado: Vencimento de opções e fiscal trazem volatilidade

O mercado acionário local teve uma abertura positiva, mas a cautela e o vencimento de opções sobre ações trouxeram volatilidade. Lá fora, dúvidas quanto ao pacote de ajuda nos Estados Unidos, e a onda de tensão geopolítica influenciam as bolsas. Por aqui, é a questão fiscal brasileira que segue em foco, com destaque para a preocupação sobre a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no cargo. Desde a semana passada, após a saída de pessoas da equipe, insatisfeitas com o andamento da pauta econômica, sobretudo com a de privatizações, o clima não é mais o mesmo no governo.

Paralelamente, com a agenda econômica fraca hoje, é o noticiário corporativo que dá ritmo ao mercado nesta manhã. Antes de Magazine Luiza, que divulga resultados do segundo trimestre após o fechamento dos mercados, chamam a atenção elétricas e construtoras.

A Companhia Paranaense de Energia (Copel), por exemplo, registrou no segundo trimestre lucro líquido de R$ 1,594 bilhão, um aumento de mais de quatro vezes e meia sobre o resultado do segundo trimestre de 2019. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 1,793 bilhão no intervalo, um avanço de 89,4% na comparação anual.

O resultado é explicado pelos itens não recorrentes relacionados à decisão favorável à Copel Distribuição, que reconheceu o direito de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS. Com isso, houve o crédito de R$ 809,1 milhões na linha de “outras receitas operacionais”. Houve ainda o incremento de 4,6% na receita de “disponibilidade da rede elétrica”, por conta da revisão tarifária periódica. Excluindo os itens não recorrentes, o Ebitda ajustado é de R$ 979,6 milhões, 1,2% superior ao registrado no 2T19.

Já a Light, empresa de geração, distribuição e comercialização de energia, registrou no segundo trimestre do ano prejuízo de R$ 44,7 milhões, ante lucro de R$ 167 milhões obtido no primeiro trimestre do ano e ganho de R$ 11 milhões há um ano. A empresa fechou o primeiro semestre com lucro de R$ 121,9 milhões, 30% abaixo do lucro de R$ 175 milhões registrado no primeiro semestre de 2019, segundo informações prestadas pela companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ainda no setor elétrico, a Cemig registrou uma redução de 50,6% no lucro líquido do segundo trimestre na comparação com igual período do ano passado, passando de R$ 2,114 bilhões para R$ 1,043 bilhão. A companhia também apurou uma queda de 15,4% na receita líquida no mesmo intervalo, de R$ 7,016 bilhões para R$ 5,93 bilhões.

Entre as construtoras, chama a atenção a Direcional Engenharia, incorporadora que produz imóveis residenciais de médio e alto padrão, Minha Casa Minha Vida (MCMV) e imóveis comerciais, registrou lucro líquido de R$ 33,8 milhões no segundo trimestre de 2020, alta de 30,9% na comparação com o mesmo período de 2019, de R$ 25,8 milhões. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o lucro líquido teve evolução de 237,2%.

A Eztec, por sua vez, apresentou o pedido de registro da oferta pública de distribuição de ações ordinárias da EZ Inc Incorporações Comerciais S.A., bem como a adesão da sua controlada ao segmento especial de listagem do Novo Mercado da B3.