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Termômetro do Mercado: Vencimento de opções e agenda fraca

O vencimento de opções sobre ações pressionava as blue chips nesta manhã, levando o Ibovespa para o campo negativo logo nos primeiros minutos de negócios, porém a tendência é alta nesta segunda, acima dos 103 mil pontos. Lá fora, as principais bolsas operam sem direção única enquanto aguardam as negociações da União Europeia (UE) sobre um fundo de resgate bilionário, ao passo que repercutem notícias do final de semana sobre a disseminação do coronavírus nos Estados Unidos.

Com a agenda econômica praticamente vazia, é o noticiário corporativo e a expectativa de apresentação, amanhã, da proposta de reforma tributária ao Congresso que dão ritmo ao mercado local. Por volta de 10h30, o Ibovespa operava próximo da estabilidade na casa dos 103 mil pontos. O dólar acompanha a tendência de queda no exterior frente a divisas principais e emergentes ligadas a commodities. A moeda americana chegou a exibir um viés de alta sobre o Real, mas retomou o sinal negativo em seguida, cotada na casa dos R$ 5,36.

No campo corporativo, atenção para a prévia operacional de Vale (hoje) e Petrobras (amanhã), que antecedem a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2020, previstos para semana que vem. Amanhã, após o fechamento da Bolsa, a Neoenergia abrirá a temporada de balanços corporativos no Brasil.

De acordo com nosso analista Renato Pinto, no 2T20 as empresas de distribuição e geração podem apresentar fracos resultados, em função da contração de demanda tanto no mercado regulado, como no mercado livre de energia. Apenas as empresas no negócio de transmissão deverão reportar resultados sem surpresas negativas, pela característica do negócio de receita estável.

Dos lados das empresas de telefonia, repercute a união das três grandes operadoras de telefonia (Claro, TIM e Telefônica), anunciada no sábado, para a apresentação de uma proposta pelos ativos móveis da Oi, em um negócio avaliado em cerca de R$ 15 bilhões. A oferta das três empresas juntas, inclusive, pode reduzir uma possível resistência do Conselho de Defesa Econômica (Cade) ao processo. A respeito de outras propostas, a empresa não forneceu detalhes, por motivos de confidencialidade e interesse comercial, até o fim do processo competitivo.

A Oi destacou ainda que a venda do ativo, que será feita por meio da formação de uma unidade produtiva isolada (UPI), depende da aprovação por parte de seus credores do aditamento do plano de recuperação judicial da tele. Esse aditamento foi divulgado pela companhia em junho.

No setor de Educação, destaque para a Ser Educacional que avalia uma potencial transação envolvendo os ativos do Grupo Laureate no Brasil, mas até o momento “não há qualquer acordo firmado a esse respeito”.