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Termômetro do Mercado: Um olho na agenda externa, outro no Copom

O mercado trabalha com atenções voltadas para a pauta internacional, ao mesmo tempo que aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), no final do dia, sobre a taxa básica de juros (Selic). Dados econômicos fracos, como de vendas no varejo, divulgados na véspera, reforçam a expectativa quanto ao teor do comunicado ao término da reunião do colegiado. Investidores acreditam que o Copom poderá reduzir a Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano.

Paralelamente, deve repercutir a notícia de que os grandes bancos brasileiros decidiram aderir ao programa do governo federal para socorrer micro e pequenas empresas na crise. Itaú Unibanco e Caixa Econômica Federal oficializaram a participação, conforme antecipou o Broadcast, enquanto Bradesco e Banco do Brasil também decidiram apoiar a linha. A iniciativa é vista como a esperança de destravar o crédito para o segmento, em meio a críticas de que empresas menores não estão conseguindo se financiar com os programas do governo durante a pandemia.

No setor de consumo e varejo, atualizamos as estimativas para Natura & Co para incluir Avon em nossas projeções, bem como revisitamos as estimativas para todos os negócios levando em conta o cenário de pandemia em 2020. Enxergamos uma oportunidade de destravar valor com aquisição da Avon, seja na captura de sinergias ou na aceleração das iniciativas digitais.

Por fim, vale ficar de olho na reação do mercado ao acordo de compartilhamento de voos (codeshare) anunciado ontem pela Azul e pela Latam no mercado doméstico, que recebeu apoio pelo governo. De acordo com reportagem do Valor Econômico, o assunto deve passar pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), porém sem restrição, devido ao momento que as empresas vivem, com forte contração na demanda e busca por alternativas para seguir operando.