Investidores mundo afora iniciam a semana monitorando notícias sobre a relação Estados Unidos e China, após relatos de que o governo americano pode impor sanções aos chineses, no dia em que o país asiático divulgou números de balança comercial em novembro. Por aqui, o mercado repercute a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado e possíveis impactos na agenda de reformas.
No plano corporativo, a Gol informou que, pela primeira vez desde o início da crise, em novembro, teve geração líquida de caixa de R$ 3 milhões por dia, ante previsão de consumo líquido de caixa de R$ 3 milhões por dia. Para dezembro, a Gol estima continuar com o mesmo valor diário de geração de caixa, mas para o primeiro trimestre de 2021, a companhia estima redução para R$ 2 milhões por dia.
Paralelamente, a Smiles anunciou na manhã que calculou, em conjunto com a controladora Gol, o reajuste ordinário para 2021 do preço de transferência das passagens padrão e das milhas vendidas à Gol. O reajuste representa, em média, redução de 4,3% do preço das passagens padrão e aumento de 5% do preço das milhas vendidas, com base na composição dos bilhetes aéreos emitidos no último período de vigência. O reajuste entra em vigor a partir do próximo dia 1º de janeiro.
Ainda no setor, acreditamos que a CVC deve ter ganho e deverá continuar a ganhar participação de mercado dado que muitos de seus concorrentes não conseguirão sobreviver e ou operar com a mesma estrutura após 2020.
Na nossa opinião, os resultados em si não justificam o forte movimento de valorização das ações, até porque eles refletem os ajustes contábeis realizados e o impacto da pandemia nos negócios. O que justifica o movimento de valorização de cerca de 300% das ações nos últimos seis meses (de R$6,50 em março para o patamar atual de R$20,00) foram principalmente dois fatores (i) a conclusão do processo de repactuação das debêntures ao final de novembro e (ii) o fluxo positivo de notícias referente a vacinas contra COVID-19.
Commodities
Empresas ligadas às commodities, em especial Vale e siderúrgicas, podem reagir à divulgação de dados chineses. As exportações da China cresceram 21,1% em novembro em relação a um ano antes, bem acima da precisão de 12%. As intensas altas da semana passada, porém, abrem espaço para movimento de realização de lucros.
Atenção para o minério de ferro, que continua em um elevado patamar. O contrato negociado no porto de Qingdao (China) estendeu seu ciclo de alta visto na semana passada e acelerou 1,32% nesta segunda-feira, a US$ 146,93 a tonelada
Na China, as exportações avançaram em ritmo bem mais intenso do que o esperado em novembro, graças à forte demanda externa. Dados do governo chinês mostram que as exportações do gigante asiático deram um salto de 21,1% no mês passado ante novembro de 2019, ganhando força em relação ao aumento de 11,4% verificado em outubro. O resultado superou de longe a alta de 12% prevista por analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Já as importações da China subiram 4,5% na comparação anual de novembro, desacelerando ante o ganho de 4,7% registrado em outubro. Neste caso, a projeção de economistas era de incremento maior, de 5,3%.
A Petrobras, por sua vez, decidiu interromper o projeto de adequação de infraestrutura da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTCCA) em Caraguatatuba, litoral de São Paulo. Segundo a estatal, a decisão foi tomada com base na avaliação de seu portfólio de oportunidades e projetos.
Acionistas da PetroRio aprovaram o refazimento das demonstrações anuais completas de 2017 e 2019, além das informações referentes ao segundo e terceiro trimestres de 2019, e ao primeiro e segundo trimestres de 2020.
No setor de papel e celulose, a B3 aprovou a admissão da Irani Papel e Embalagem no segmento Novo Mercado da Bolsa.
