A temporada de balanços do terceiro trimestre ganha força total esta semana com a divulgação dos números de grandes companhias. Hoje, o dia começa com a repercussão dos números da Klabin e à noite, após o fechamento dos mercados, são aguardados os resultados de Petz e Unidas. A semana ainda reserva a divulgação de números de Santander, Cielo, Localiza, RD (ex-Raia Drograsil), Vale, Petrobras, Bradesco, Gerdau, GPA, Ambev, B2W, Lojas Americanas, Totvs e Pague Menos.
Mais cedo, a Klabin informou um prejuízo líquido de R$ 191,217 milhões no terceiro trimestre de 2020. Com o desempenho, a empresa reverteu o lucro líquido de R$ 207,427 milhões no mesmo período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 12% no período na mesma comparação, para R$ 1,233 bilhão. Já a receita somou R$ 3,177 bilhões entre julho e setembro, crescimento de 13,09% em relação ao 3T19.
No relatório de resultados, a companhia destaca que o mercado brasileiro apresentou uma forte aceleração de demanda em setores que foram impactados pela crise do coronavírus, como por exemplo o de materiais de construção e alguns mercados de bens duráveis.
A Hypera Pharma, por sua vez, comunicou na noite sexta que o seu lucro líquido somou R$ 345,6 milhões no terceiro trimestre, alta de 29,4% em relação ao mesmo período de 2019. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre julho e setembro foi de R$ 393,5 milhões, 32,2% maior do que o registrado um ano antes. A margem Ebitda foi de 36,1%, 6,6 pontos porcentuais acima de 2019.
Linx e Stone
Ainda na noite de sexta, a B3 afirmou que a Linx não pode ser punida com uma multa caso os acionistas rejeitem a proposta de fusão da Stone. O documento trata especificamente da multa pela não aprovação da adesão da STNE, empresa que substituiria a Linx na Bolsa, ao segmento Novo Mercado. Segundo a B3, a aplicação da multa é “incompatível com os princípios que norteiam tal segmento”, o que caracterizaria infração ao regulamento do Novo Mercado.
Já hoje foi a vez de IRB Brasil Re anunciar parceria com a B3 para a criação de uma plataforma para contratos de seguros e resseguros, que vai permitir que as operações envolvendo esse tipo de produto sejam feitas pela internet. A ferramenta deve entrar no ar em 2021, e utilizará a tecnologia blockchain.
A ideia da nova plataforma é conectar corretores, seguradoras e resseguradoras em uma única rede. Segundo o comunicado do IRB, a plataforma tornará possível concluir em segundos processos que hoje duram meses.
O blockchain funciona como uma espécie de livro de registro virtual que tem as informações descentralizadas em blocos, o que evita a alteração dos dados e, ao mesmo tempo, oferece criptografia segura para a troca de ativos digitais em grande volume.
Cena externa
No mercado externo, o pano de fundo é cautela do investidor global. As principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York recuam, respondendo ao salto no número de infecções por COVID-19 nos Estados Unidos e em países europeus.
O impasse nas negociações entre o governo americano e a oposição democrata por um novo acordo de estímulos fiscais também segue no radar em meio à corrida pelo posto máximo na Casa Branca.