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Termômetro do Mercado: Tchau, abril

Chegamos ao último pregão de abril, mês marcado por forte volatilidade, quarentena e aversão ao risco nas principais praças mundo afora. Hoje, a tendência é de queda nas bolsas internacionais e, aqui não foi diferente, com o Ibovespa operando no vermelho desde a abertura da Bolsa.  Mesmo assim, o Ibovespa deve fechar abril com a primeira alta depois de três meses seguidos de queda. Até o momento, o principal índice acionário da B3 acumula ganhos de +10% no mês.

A temporada de balanços continua influenciando os negócios domésticos, com destaque hoje para os números trimestrais do Bradesco, além de Multiplan, Cesp e Odontoprev.

O lucro líquido recorrente do Bradesco, de R$ 3,753 bilhões, foi 38,9% menor no primeiro trimestre deste ano do que no mesmo período de 2019, e 43,5% menor do que no quarto trimestre. O maior impacto no lucro foi nas provisões: o banco fez um reforço de R$ 2,7 bilhões nesta rubrica por conta dos riscos de crédito trazidos pela Covid-19; no total, somando-se a outra parcela já feita, as provisões do Bradesco chegam a R$ 5,1 bilhões.

A carteira de crédito do banco foi a R$ 655,094 bilhões, alta de 5,1% em um trimestre. Na comparação com os números de março de 2019, os empréstimos subiram 17%. O total de ativos do banco foi a R$ 1,486 trilhão em março, alta de 5,5% em relação a dezembro, enquanto que o patrimônio líquido caiu 3,1%, para R$ 129,548 bilhões. A rentabilidade sobre patrimônio (ROE) caiu pela metade: foi de 21,2% no final de 2019 para 11,7%.

O banco, que tem grande peso no Ibovespa, fez forte reforço nas provisões contra inadimplência diante do impacto econômico da Covid-19, o que reduziu os lucros e pode pesar sobre as ações.