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Termômetro do Mercado: Sinal de alerta ligado

A sessão desta quinta começou com a Bolsa em campo negativo, refletindo os principais mercados mundo afora, que repercutem uma agenda econômica conflitante na China. Especialmente as commodities e empresas produtoras reagiram negativamente às dúvidas quanto à recuperação da economia chinesa, após divulgação de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e, ao mesmo tempo, queda nas vendas do varejo.

O PIB chinês aumentou 3,2% no segundo trimestre, após sofrer uma violenta contração de 6,8% nos primeiros três meses do ano. No entanto, as vendas no setor varejista sofreram uma inesperada queda anual de 1,8% no mês passado, indicando que a China ainda tem bolsões de fraqueza. Já a produção industrial do país cresceu 4,8% em junho ante igual mês do ano passado, como se esperava, e as vendas de moradias recuaram de 2,8% no primeiro semestre ante igual período do ano passado, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS).

Apesar da preocupação gerada por dados chineses, que dão força às incertezas sobre a retomada econômica pós-pandemia, em meio à disseminação do Covid-19 no mundo, especialmente nos EUA e no Brasil, a temporada de balanços americanos pode dar algum alívio aos negócios em bolsa.

Já o dólar opera em alta generalizada no exterior e conduz o mercado de câmbio local. No entanto, ruídos políticos após o veto presidencial a alguns pontos do marco do saneamento básico e as divergências entre os presidentes do Senado e da Câmara sobre o encaminhamento da reforma tributária podem justificar um aumento de posições defensivas.