Sem balanços na agenda hoje, o mercado concentra a atenção em indicadores de atividade na China (indústria, varejo e PIB) e nos dados de produção da Vale, que devem sair após o fechamento das bolsas. No campo político, os ruídos voltam a aparecer na relação entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na sexta-feira, o ministro defendeu a volta da CPMF. No sábado, Maia, que é contra a volta do imposto, negou-se a comentar a declaração. Lá fora, o dólar recua ao passo que as bolsas registram alta generalizada diante dos sinais de um acordo entre republicanos e democratas para a aprovação de pacote fiscal dos Estados Unidos.
As ações de mineração e siderurgia são destaque nesta manhã, em meio aos dados positivos sobre atividade industrial da China, apesar do decepcionante Produto Interno Bruto (PIB). A economia da China registrou expansão de 4,9% no terceiro trimestre, na comparação anual, após subir 3,2% no segundo trimestre deste ano ante igual período de 2019. Nos primeiros nove meses do ano, o PIB chinês registrou avanço de 0,7% em relação a igual período de 2019. As informações foram divulgadas ontem pelo Escritório Nacional de Estatísticas chinês.
Em contrapartida, o avanço recorde de novos casos diários de coronavírus nos EUA e na Europa impõe cautela quanto às ações ligadas ao turismo e educação, uma vez que são setores mais sensíveis às notícias relacionadas à pandemia, já que dependem de uma melhora da situação para retomarem por completo suas operações. Ainda existe muita incerteza quanto ao processo de vacinação contra a COVID-19, embora as farmacêuticas estejam empenhadas em acelerar os processos. No final de semana, a Pfizer anunciou que poderá solicitar autorização de uso emergencial de sua possível imunização até o fim de novembro.
No setor aéreo, vale mencionar que as companhias ainda não receberam nada do pacote de R$ 6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciado no fim de março, apontou o Valor Econômico.
Linx e Totvs
A Stone está estudando uma nova oferta para liquidar de uma vez por todas a briga pela Linx. Além de reajustar o valor, a Stone também deve propor uma nova estrutura de aquisição, de acordo com reportagem do Valor Econômico. Enquanto isso, acionistas da Linx pediram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que a proposta de aquisição feita pela Totvs seja analisada na mesma assembleia que deliberará a respeito da oferta da Stone, em 17 de novembro.
IPO
Os investidores institucionais locais ficaram com 84,1% das ações vendidas na oferta inicial (IPO, na sigla em inglês) da construtora Plano & Plano, subsidiária da Cyrela, de acordo com a empresa. Ao todo, 76 fundos adquiriram um total agregado de 56.677.958 ações ON, de um total de 67.385.300 ações colocadas à venda.
O segundo maior grupo comprador foi o de investidores estrangeiros: 11 compradores levaram ao todo 9.899.710 ações, ou 14,7% do total. Em seguida, vieram os investidores pessoas físicas, com 4.554.162 ações. Entidades de previdência privada compraram 2.214.800 papéis. Os demais ficaram distribuídos entre clubes de investimento, instituições financeiras e pessoas jurídicas.
Depois de amanhã termina o prazo de reserva no IPO da Track&Field, uma das maiores varejistas de vestuário esportivo do País com foco principal na promoção de um estilo de vida ativo e saudável. A companhia vem a mercado para levantar R$ 629 milhões (com base no preço médio de R$ 12,80 da faixa indicativa), sendo R$ 253 milhões referente à oferta primária.