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Termômetro do Mercado: Renner, CVC e PIB dividem atenção no mercado local

A temporada de divulgação de balanços do segundo trimestres vai chegando ao fim, mas ainda hoje traz novidades com Renner e CVC repercutindo nas mesas de operação. Paralelamente, o mercado recebe números da atividade brasileira enquanto observa com cautela o cenário fiscal local. Lá fora, o destaque é a recuperação da indústria chinesa que reflete nas ações ligadas às commodities na B3.

Na agenda econômica, Produto Interno Bruto (PIB) caiu 9,7% no segundo trimestre de 2020 em relação aos três primeiros meses do ano, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o PIB apresentou queda de 11,4%.

O resultado só não foi pior devido ao desempenho do setor de agronegócio (+0,4%), que foi impactado pela desvalorização cambial, alta das commodities e retomada da demanda global, especialmente a chinesa, avaliou nosso analista Thomaz Sarquis em entrevista ao Broadcast.

Já no noticiário corporativo, o destaque fica por conta de Lojas Renner que apresentou lucro líquido de R$ 818,1 milhões no segundo trimestre, alta de 254,5% sobre um ano antes. A companhia conseguiu minimizar o impacto da Covid-19 na última linha do balanço e ainda contou com reconhecimento de R$ 1 bilhão em crédito fiscal.

Sem o crédito, porém, o resultado seria de prejuízo de R$ 228 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 508,1 milhões, crescimento de 16%. Sem o ganho fiscal, teria sido negativo em R$ 227,4 milhões. Na receita líquida de vendas, o impacto foi mais visível, com queda de 73,3%, para R$ 539,6 milhões.

Na visão do nosso time, a varejista acelerou as iniciativas digitais buscando reduzir o impacto nas vendas durante a pandemia. A companhia tomou diversas medidas de redução de despesas, como a adoção da MP 936 e a revisão de despesas não essenciais.

Outra companhia que divulgou números trimestrais foi a CVC. A operadora de viagens encerrou 2019 com prejuízo de R$ 1,9 milhão e receita líquida de R$ 1,71 bilhão. As informações constam em documentos financeiros apresentados pela companhia nesta terça-feira em seu site, auditados após a apuração de distorções contábeis nos resultados.