Os mercados domésticos se ajustam à última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que levou a taxa básica de juros de 2,25% para 2% ao ano, confirmando as expectativas. Agora, o foco está na possibilidade de um novo corte em setembro. Na pauta interna, destaque também para o Projeto de Lei que limita cobrança de juros e mais uma rodada de balanços corporativos. Lá fora, atenções voltadas para o novo pacote fiscal americano.
Mais cedo, Banco do Brasil informou que teve lucro líquido ajustado de R$ 3,311 bilhões no segundo trimestre, queda de 25,3% na comparação com igual intervalo de 2019. O banco, aliás, ainda aguarda a confirmação do nome de André Brandão para a presidência da instituição.
Na noite passada, a Braskem comunicou que reverteu o lucro líquido de R$ 84 milhões no segundo trimestre do ano passado em um prejuízo de R$ 2,476 bilhões entre abril e junho deste ano. O prejuízo é 32% menor que o registrado no primeiro trimestre de 2020, quando foram registradas perdas de R$ 3,649 bilhões.
De acordo com a companhia, o prejuízo ocorreu, principalmente, por conta da provisão adicional de R$ 1,6 bilhão referente ao evento geológico de Alagoas e do impacto da variação cambial no resultado financeiro com a depreciação do Real frente ao dólar.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 1,655 bilhão no segundo trimestre deste ano, alta de 2% na comparação com o mesmo período do ano passado e 26% maior do que o primeiro trimestre deste ano (R$ 1,313 bilhão), também em função da depreciação do Real frente ao dólar.
A Tegma também registrou um prejuízo de R$ 4,4 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo o lucro líquido de R$ 32,5 milhões um ano antes. O resultado foi impactado pela redução de receita da divisão de logística de veículos, que ocorreu por conta da queda da quantidade de veículos transportados, apesar da melhoria do resultado da divisão de logística integrada.
Em nossa opinião, o resultado do 2T20 confirmou a alta dependência da companhia no segmento de logística automotiva, com quedas relevantes de receita e Ebitda, mas com boa geração de caixa.
No setor de tecnologia, a Totvs registrou lucro líquido de R$ 57,993 milhões no intervalo entre abril e junho de 2020, alta de 1,5% sobre o segundo trimestre de 2019. O Ebitda somou R$ 137,337 milhões no intervalo entre abril e junho, alta de 18,1% sobre o mesmo período do ano passado. A receita líquida cresceu 11,2% na mesma comparação, para R$ 627,399 milhões.
Na visão do nosso time, a companhia apresentou um resultado sólido no 2T20, mesmo em um período de incertezas. Com a consolidação da Supplier e Wealth Systems em parte do 2T20 foi observado um crescimento de 11,2% na receita e de 18,1% no Ebitda, com uma margem consolidada de 21,9% (+1,3pp).
Acreditamos que os resultados apresentados hoje pela Totvs demonstram sua resiliência e a conclusão da aquisição da Supplier marca sua entrada em um segmento novo com grande potencial de crescimento ainda a ser explorado.