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Termômetro do Mercado: Petrobras, aéreas e vacinação contra COVID ditam ritmo

Os mercados internacionais começam esta sexta-feira com um tom mais positivo, principalmente por conta do noticiário envolvendo a vacinação contra a COVID-19. Uma pesquisa da Pfizer em parceria com o braço médico da Universidade do Texas sugere que a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana e pela BioNTech é capaz de proteger contra as novas variantes do coronavírus descobertas no Reino Unido e na África do Sul.

No Brasil, o noticiário sobre vacinas também animou os investidores na véspera, após o Instituto Butantan divulgar uma eficácia de 78% da Coronavac – vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.  

Em relação às empresas, destaque para a Petrobras, que bateu recorde de produção de petróleo e gás natural em 2020, com 2,28 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo e 2,84 milhões de barris de óleo equivalente. Os volumes coincidem com a meta revisada em outubro de 2020 e superam em 5% a previsão do início do ano.

Além disso, a estatal fechou a venda de suas participações nas eólicas Mangue Seco 1, 3 e 4 por cerca pouco mais de R$ 130 milhões, dando continuidade ao seu processo de desinvestimento.

Outra petroleira a divulgar sua produção foi a Enauta, com 1,28 milhão de barris de óleo no quarto trimestre de 2020, o equivalente a uma produção média diária de 13,9 mil boe.

Paralelamente, as ações ligadas à produção de petróleo podem refletir a alta da commodity no mercado internacional. Mais cedo, os contratos futuros do petróleo operavam com alta, após o JPMorgan revisar suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) americano de 2021 de um avanço de 3,8% para 5,3% na taxa anualizada.

A Vale também continua no radar, depois da ação superar os R$ 100 no fechamento de ontem. O governo de Minas Gerais espera fechar acordo sobre as indenizações por Brumadinho até a próxima quinta-feira (14), antes do aniversário de dois anos da tragédia. O valor dos pagamentos estimados pela Vale é de R$ 29,6 milhões.

Aéreas

A Azul anunciou que a demanda de passageiros (RPK) cresceu 18,1% em dezembro ante novembro, com a oferta de assentos (ASK) subindo 22,5% no mesmo período. Frente a dezembro de 2019, a demanda registrou queda de 31,4%, enquanto a oferta encolheu 28,4%.

Em informe aos investidores, a Gol revela que gerou caixa líquido pelo segundo mês consecutivo, totalizando R$ 6 milhões/dia. As informações são preliminares e não auditadas.

A companhia aérea teve uma média diária de 476 por dia em dezembro, crescimento de 29% em relação à média de 369 voos diários de novembro. Em períodos de pico no mês de dezembro, a companhia operou aproximadamente 610 voos/dia em resposta ao aumento da demanda por transporte aéreo.

No setor financeiro, destaque para o Banco Inter, que fechou o ano passado com 4,5 milhões de novas contas abertas, um crescimento de 69,3% em relação a 2019, de acordo com prévia operacional. No total, o banco fechou o ano com cerca de 8,5 milhões de correntistas, aumento de 108% ante o ano anterior.

Agenda econômica

A sessão é marcada por alguns indicadores importantes sobre a economia brasileira. A produção industrial subiu 1,2% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das projeções, de 1,3%, segundo a Agência Estado. Na comparação anual, a alta foi de 2,8%. Mas, em 2020, houve queda de 5,5% e, em 12 meses, de 5,2%.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,76% em dezembro, após um avanço de 2,64% em novembro, divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A mesma instituição anunciou o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de janeiro, que desacelerou a 0,79%, de 1,07% no fechamento de dezembro.