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Termômetro do Mercado: Para começar a semana: debate fiscal, balanços e tensão EUA-China

A cautela é o pano de fundo do mercado doméstico neste começo de semana, enquanto investidores acompanham com atenção o debate do teto de gastos no Brasil e, lá fora, as notícias sobre a nova onda de tensão entre Estados Unidos e China. A B3 apresenta viés positivo desde os primeiros minutos de operação e, apesar da falta de ímpeto, sustenta os 103 mil pontos com suporte das ações de empresas ligadas às commodities. No entanto, o termômetro hoje será o mercado de câmbio, já que a escalada do dólar pode dar indicação de aumento da aversão a risco.

No campo corporativo, mais uma semana de intensa divulgação de resultados do segundo trimestre. São esperados cerca de 60 balanços até a próxima sexta-feira (14), começando hoje com Caixa Seguridade, que divulgou, nesta manhã, um lucro recorrente de R$ 393,9 milhões no segundo trimestre, com alta de 2,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas queda de 4,8% ante o primeiro trimestre. Após o fechamento dos mercados, são esperados os números de Guararapes (Riachuelo), Direcional e Cosan.

Fora do Ibovespa, as ações da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) reagem à divulgação trimestral. A companhia teve lucro líquido de R$ 284,4 milhões, alta de 22,3% sobre um ano antes. O resultado no período foi beneficiado pela combinação de aumento de receita e queda das despesas operacionais e da despesa financeira líquida.

O mercado também digere hoje os números divulgados, na noite de sexta, após o fechamento da Bolsa, pela M. Dias Branco. A fabricante de alimentos apresentou lucro líquido de R$ 152,4 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 51,5% na comparação com igual período de 2019. O Ebitda atingiu R$ 225,6 milhões, avanço de 23,5% frente aos R$ 182,7 milhões do segundo trimestre do ano passado.

O resultado da M Dias Branco do 2T20 foi novamente sólido e acima das nossas expectativas de receita e lucro líquido, mas em linha no Ebitda, com margem abaixo do esperado. Na visão do nosso time, o ano de 2020 deve ser melhor do que o de 2019, com a companhia sendo favorecida pelo efeito pandemia, pois seus produtos são de fácil estocagem e consumo, somado à melhoria de gestão. Um risco é que uma recessão econômica leve a uma retração geral do consumo, porém a natureza dos produtos da companhia a torna mais resiliente do que outros setores.