Os mercados internacionais têm uma manhã de ganhos, outra vez apoiados na expectativa de recuperação no pós-crise. Assim, o investidor local também mantém o otimismo e a semana tende a fechar no terreno positivo. Na B3, os setores de shopping, construção e varejo devem repercutir mais uma onda de notícias. Ainda no campo corporativo, Vale e Randon estão no radar.
A administradora de shopping centers Aliansce Sonae informou na noite passada que, desde o início de junho, retomou as operações em mais três shopping centers no país: Franca Shopping (SP), no dia 2; Manauara Shopping (AM) e Boulevard Shopping Vila Velha (ES), ambos no dia 1º.
O Caxias Shopping (RS), porém, que havia sido reaberto em 25 de maio, está temporariamente fechado por decisão das autoridades locais. Atualmente, seis shoppings do portfólio próprio da Aliansce Sonae já voltaram a operar, o que corresponde a 23% da área bruta locável (ABL) própria.
A Centauro precificou a ação no âmbito do follow on em R$ 30, movimentando R$ 900 milhões, com 30 milhões de novas ações ON, 5 milhões a mais que a oferta inicial. Os recursos serão utilizados para financiar aquisições e para reforçar o capital de giro da empresa.
No setor educacional, a Yduqs (antiga Estácio) tornou pública a aquisição do Athenas, grupo que atua nas regiões Norte e Centro-Oeste, por R$ 120 milhões. Do total, R$ 106 milhões serão desembolsados à vista, e os R$ 14 milhões restantes dentro de cinco anos.
Entre as blue chips, a Vale obteve licença prévia para retomar e ampliar a produção no projeto de minério de ferro Serra Leste (PA), parado desde agosto de 2019, quando atingiu o limite da área até então licenciada para a extração do insumo. Ao Broadcast, a Vale informou que apenas após a emissão da Licença de Instalação (LI), as operações poderão ser ampliadas e retomadas.
O suprimento de minério pela Vale tem sido fonte de preocupação na China, colaborando para a forte alta da commodity em maio.
Por fim, a Randon registrou lucro líquido de R$ 2,994 milhões no primeiro trimestre de 2020, queda de 90,5% em doze meses. O Ebitda consolidado foi de R$ 106,98 milhões, queda de 20,3% na mesma base de comparação. No critério ajustado, o indicador foi de R$ 150,006 milhões, recuo de 1,9%. Já a margem Ebitda recuou 2,7 pontos percentuais, de 11,8% para 9,2% entre os trimestres.
Apesar das receitas de janeiro e fevereiro estarem em linha com o guidance para 2020, cancelado após a disseminação do Covid-19, março apresentou retração de 6,9% a/a, reduzindo o crescimento da receita líquida no trimestre para apenas +3,0% a/a, totalizando R$1,2 bilhão.