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Termômetro do Mercado: Olho em Eletrobras, Suzano, JBS, BRF, Natura e MRV

Os mercados no exterior começam esta quinta-feira com uma postura mais cautelosa, refletindo principalmente a inflação ao consumidor (CPI) acima do esperado nos Estados Unidos, o que pode levar a um aperto da política monetária pelo Fed, o banco central do país, com possível aumento dos juros.

No Brasil, os balanços continuam dominando as atenções, com várias empresas listadas no Ibovespa divulgando seus números na noite de ontem. Destaque para a Eletrobras, com lucro líquido de R$ 1,609 bilhão no primeiro trimestre, avanço de 31% em relação ao mesmo período de 2020. O Ebitda atingiu R$ 3,858 bilhões, crescimento de 11% em base anual de comparação.

A Suzano apurou prejuízo de R$ 2,755 bilhões entre janeiro e março, ante perdas de R$ 13,419 bilhões um ano atrás. O Ebitda ajustado atingiu R$ 4,864 bilhões, um aumento de 61% na comparação anual. Além disso, a empresa iniciará a construção de uma nova fábrica com capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, com início de produção até o fim do primeiro trimestre de 2024. O projeto prevê o investimento industrial de R$ 14,7 bilhões.

A Natura &Co teve prejuízo líquido atribuído a controladores de R$ 155,2 milhões, redução de 81% ante a perda do mesmo período de 2020. O Ebitda ficou em R$ 829,1 milhões, 470% acima do registrado um ano antes.

A MRV registrou lucro de R$ 137 milhões nos três primeiros meses de 2021, montante 30,9% maior em relação ao mesmo intervalo de 2020. O Ebitda somou R$ 211 milhões, crescimento de 4,2% na mesma base de comparação.

A Via, antiga Via Varejo, reportou lucro de R$ 180 milhões no primeiro trimestre de 2021, quase 14 vezes maior que o resultado de um ano antes. No critério comparável, os ganhos foram de R$ 63 milhões. O Ebitda ficou em R$ 584 milhões, queda de 6% na comparação anual.

JBS e BRF

A JBS encerrou o primeiro trimestre de 2021 com lucro líquido de R$ 2,045 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 5,933 bilhões verificado em igual período de 2020. O Ebtida ajustado cresceu 75,8%, para R$ 6,876 bilhões.

A BRF encerrou o primeiro trimestre com lucro de R$ 22 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 38 milhões reportado um ano antes. O Ebitda ajustado da BRF alcançou R$ 1,234 bilhão, queda de 1,4% ante o primeiro trimestre de 2020.

Elétricas

Além da Eletrobras, outras empresas do setor de energia elétrica anunciaram resultados ontem. O lucro líquido da EDP Brasil cresceu 82,9% no primeiro trimestre deste ano na comparação anual, para R$ 495,782 milhões. O Ebitda teve alta de 50,1%, para R$ 1,048 bilhão.

O Grupo Equatorial teve lucro ajustado de R$ 401 milhões, alta de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Excluindo os efeitos não recorrentes, os ganhos foram de R$ 353 milhões, redução de 19,7%. O Ebitda foi de R$ 1,081 bilhão, crescimento de 1,1%.

A Eneva reportou lucro de R$ 203,1 milhões no primeiro trimestre, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda consolidado somou R$ 442,3 milhões, crescimento de 1,6% em um ano.

No mesmo setor, o Conselho de Administração do BNDESPar definiu que venderá sua participação na paranaense Copel via oferta pública de Units. O BNDESPar possui participação de 24% na companhia.

A rede de varejo Havan pediu nesta quarta-feira o registro de companhia aberta, que pode abrir caminho para uma futura oferta pública inicial de ações. O pedido de IPO ainda não foi protocolado junto à CVM.

Agenda Econômica

O destaque econômico nesta quinta é o índice de atividade econômica medido pelo Banco Central, o IBC-Br. O indicador caiu 1,59% em março ante fevereiro, na série já livre de influências sazonais. Em fevereiro, o indicador havia avançado 1,89%. Na comparação com março do ano passado, houve alta de 6,26% na série sem ajustes sazonais.