A quarta-feira deve ser em compasso de espera pela divulgação da ata da reunião do Fed, realizada em dezembro de 2021. Ela está marcada para hoje, às 16h, pelo horário de Brasília.
Os investidores querem pistas de quando haverá o primeiro aumento de juros, qual será a visão do Fed e os possíveis impactos da variante ômicron sobre a inflação.
Quanto mais duro for o tom do conteúdo do documento, maiores serão as chances de o aumento de juros vir com mais força.
A aposta é que a primeira subida na taxa de juros aconteça em março.
Ontem, o relatório Jolts, considerado um bom termômetro para o payroll, que será divulgado na próxima sexta, mostrou a confiança no mercado de trabalho nos Estados Unidos. Em novembro, 370 mil norte-americanos deixaram os seus empregos voluntariamente.
Entre os setores que lideraram a saída voluntária de trabalhadores estão os de hospedagem e serviços de alimentação, sendo expressivo o aumento de demissões nas áreas da saúde e assistência social.
Indicadores de empregos são considerados fundamentais para mensurar a força da economia norte-americana e, consequentemente, medir a tensão sobre a política monetária.
Outros indicadores sobre a economia dos EUA devem ser monitorados no transcorrer do dia de hoje.
Ainda pela manhã serão conhecidos o relatório de empregos privados ADP e o PMI Markit composto e do setor de serviços, todos relativos a dezembro. No início da tarde serão comunicados os estoques de petróleo e combustíveis.
Já os indicadores vindos da zona do euro mostram que a recuperação econômica do bloco passa por um momento de desaceleração. O PMI composto da IHS Markit caiu dos 55,4 pontos registrados em novembro, para 53,4 em dezembro.
O PMI do setor de serviços recuou para a mínima de oito meses, chegando a 53,1 pontos, ante 55,9 em novembro. O dado reflete o relevante impacto da nova variante ômicron sobre o segmento, alcançado, mais uma vez, pelas restrições de combate à pandemia.
Diante desse cenário, os índices futuros americanos seguem nesta quarta-feira sem um sentido definido, mesmo com uma ligeira alta presente. Já os mercados da Europa transitam pelo terreno positivo, mas muito próximos da estabilidade.
Na Ásia a quarta-feira foi de baixa, principalmente devido aos papéis de empresas de tecnologia, pressionadas pelo anúncio do principal regulador da China de que tem regras que podem afetar aplicativos de celular, com possibilidade, inclusive, de revisão de segurança para aqueles com funções que influenciam a opinião pública.
Além disso, é forte o peso sobre o mercado asiático da elevação de rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos e a informação de que a principal unidade da Chinesa Evergrande fará reunião com investidores entre os dias 7 e 10 de janeiro para discutir um possível adiamento de pagamentos de mais de 4,5 bilhões de yuans, cerca de US$ 708,1 milhões, em bônus.
Com exceção do índice Nikkei, do Japão, que fechou em alta de 0,1%, os outros principais índices recuaram. O Hang Seng, de Hong Kong, sinalizou a maior desvalorização, com queda de 1,64%, enquanto o Shanghai, da China, caiu 1,02%, e o Kospi, da Coreia do Sul, 1,18%.
Brasil
Com agenda vazia, o cenário doméstico tem como pano de fundo a alta dos juros internos, também impulsionados pela subida dos títulos americanos, a pressão de várias categorias do serviço público por aumento salarial, a exemplo do que foi prometido aos policiais federais e as incertezas sobre o quão será respeitado o teto de gastos.
Ontem, o Ibovespa apresentou mais um dia de queda, enquanto mercados importantes do mundo seguem em ritmo de alta.
Últimas Corporativas
Méliuz e Mastercard
A Méliuz anunciou acordo de parceria com a Mastercard para lançamento de cartão de crédito e da conta com a bandeira.
Serão duas categorias de cartão: o “platinum” e o “digital first”, ambos com tecnologia de pagamento por aproximação.
Dimed
Os valores referentes a juros de capital próprio a serem pagos pelo Grupo Dime foram atualizados, passando a ser de R$ 0,1346 por ação.
O pagamento será feito em três parcelas, sendo a primeira em 31 de março, a segunda em 29 de abril e a última em 31 de maio.
Oi
Em fato relevante publicado ontem, a Oi informou que fará uma assembleia geral de acionistas em 27 de janeiro para deliberar sobre a proposta de incorporação, pela companhia, de sua subsidiária Oi Móvel S.A..
Segundo a empresa, a proposta está alinhada ao que prevê o Plano de Recuperação Judicial e seu aditamento, aprovados em assembleia geral de credores.
BR Advisory
Está em análise pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, pedido de registro, em caráter reservado, de oferta pública de Units solicitado pela BR Advisory Partners Participações.
Além do registro de oferta no Brasil, não será realizado nenhum registro da oferta em outro país.
NotreDame e Hapvida
A NotreDame informou que foi aceita pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Cade, a combinação de negócios entre a companhia e a Hapvida Participações e Investimento.
Ambas trabalharão conjuntamente em um cronograma de etapas a serem cumpridas até o fechamento definitivo da operação.
