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Termômetro do Mercado: Mercados no mundo todo acordam nervosos

Mercados internacionais estão tensos nesta quinta-feira. Cresceram as preocupações com uma nova onda de infecções por coronavírus, da variante Delta, que poderiam prejudicar o ritmo de crescimento econômico global.

Nesta quinta-feira, 8, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, declarou estado de emergência na região de Tóquio, que vai vigorar entre 12 de julho e 22 de agosto. Na Coreia do Sul, o governo informou o maior número de novos casos de Covid-19 em um único dia, desde o início da pandemia.

As principais bolsas asiáticas fecharam a quinta-feira em baixa. Na Europa, operam em queda nesta manhã. Os índices futuros americanos também registraram desvalorização expressiva.

Tudo leva a deduzir que o nervosismo do cenário internacional influenciará o Ibovespa nesta quinta. Lembrando que amanhã é feriado no estado de São Paulo, portanto, hoje será o último pregão da semana.

Além da influência externa, a tensão política brasileira deixa o mercado inseguro. Ontem a CPI viveu o seu dia mais tenso, quando o presidente da comissão Omar Aziz, decretou a prisão do depoente Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde e ex-sargento da Aeronáutica.

Indicadores

Agora pela manhã foi divulgado o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Na semana encerrada em 3 de julho aumentou 373 mil. Analistas projetavam 350 mil. O aumento acima do esperado reforça o indício de que o rápido crescimento do emprego no primeiro semestre de 2021 poderia enfrentar obstáculos nos próximos meses.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, anunciou às 9 horas desta quinta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA. Subiu 0,53% em junho, na comparação com maio. A expectativa era alta de 0,59%.

Com o indicador de junho, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.

No mesmo horário foi anunciado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, INPC, com alta de 0,60% em junho. O esperado era alta de 0,96%. Agora, o acumulado no ano passa a ser de 3,95% e de 9,22% nos últimos 12 meses.

B3

O volume financeiro movimentado pela B3 em junho cresceu 14,1% em relação ao mesmo mês de 2020, alcançando a média diária de R$ 37 bilhões. Em comparação a maio o aumento foi 11,5%.

Os maiores volumes, segundo informe da empresa divulgado ontem, vieram do mercado à vista de ações, com R$ 35.830 bilhões na média diária. Aumento de 13,7% anual e 11,9% mensal.

Em um ano, o número de investidores cresceu 42,9%, passando de 2,678 milhões, para 3,826 milhões em junho deste ano. O número de empresas listadas também cresceu. Em 12 meses saiu de 390 para 439, acompanhadas pelo valor de mercado das empresas que cresceu 45,7% anual e 5,8% em um mês.

Debêntures de Infraestrutura

A Câmara aprovou ontem, 7, projeto que cria as debêntures de infraestrutura, a serem emitidas por concessionários de serviços públicos. O relatório, do deputado Arnaldo Jardim, cria uma série de debêntures para financiar projetos de infraestrutura, concedendo benefício tributário ao emissor. Desta forma, o governo renuncia a uma parte da arrecadação para fomentar empreendimentos no segmento.

Dasa

A Diagnósticos da América, Dasa, compra 100% da Clínica CT, localizada na capital paulista e prestadora de serviços médicos especializados, principalmente diagnósticos por imagens. Em fato relevante divulgado ontem, a Dasa comunica que a aquisição dispensa aprovação em assembleia por não se tratar de um investimento expressivo.

Méliuz

No dia 15 de julho a Méliuz espera precificar sua oferta de ações. Ela consiste em distribuição primária de 7.500.000 em papéis e secundária de 6.010.645 em ações. A oferta secundária pode ser elevada em 50% de acordo com a demanda.

Na terça-feira, 6, o preço da ação da companhia fechou em R$ 55,44, valor que faria a oferta alcançar R$ 1.1 bilhão, considerando a venda de todas as ações, inclusive as adicionais.

Os recursos das ações primárias serão destinados para aquisições e ampliação da empresa em marketplace e serviços financeiros.

Oi

Em leilão realizado ontem a Oi vendeu 57,9% da InfraCo, empresa que concentra rede de fibra óptica com mais de 400 mil quilômetros de extensão.

Com oferta única, a proposta vencedora foi dos fundos BTG Pactual em conjunto com a Globenet Cabos Submarinos, no valor de R$ 12.9 bilhões. A Oi continua sócia da InfraCo com 42,1% de participação.

Hapvida

Com investimento de R$ 475 milhões, a Hapvida segue sua estratégia de expansão e comunica duas aquisições. Em são Paulo, a empresa comprou 100% do Grupo HB Saúde, de São José do Rio Preto, por R$ 450 milhões. Na Bahia, a subsidiária da Hapvida adquiriu o Hospital Dia Cetro, em Alagoinha.