A agenda econômica é forte hoje, com destaque para as decisões de política monetária no Brasil e Estados Unidos. Paralelamente, o mercado continua de olho no cenário político enquanto repercute notícias corporativas. Na Bolsa, sem a ajuda de Vale e siderúrgicas, que hoje operam em baixa devido à queda no preço do minério de ferro na China, o Ibovespa oscila na casa dos 100 mil pontos.
As ações da Petrobras também seguem no radar, porém em função da alta de 2% na cotação do barril, após expressiva queda nos estoques dos EUA e sinais de recuperação econômica. Hoje, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) melhorou sua previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) global em 2020, gerando expectativa também de maior demanda pelo óleo.
Enquanto isso, a companhia segue adiante com seu plano de desinvestimentos. A estatal informou hoje que iniciou a fase vinculante referente à venda da totalidade de sua participação em porção exploratória do Bloco Tayrona, localizado na Bacia de Guajira, na Colômbia e à venda de parcela de sua participação nos blocos exploratórios, pertencentes às concessões ES-M596_R11, ES-M-598_R11, ES-M-671_R11, ES-M-673_R11 e ES-M-743_R11, localizadas na Bacia do Espírito Santo.
Ainda no setor de commodities, Klabin pode reagir à decisão da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que autorizou a aquisição do negócio de papéis para embalagens e papelão ondulado localizados no Brasil da International Paper (IP). A aquisição, avaliada em R$ 330 milhões, foi anunciada em março deste ano.
Além disso, o Conselho de Administração da Klabin aprovou a convocação em 30 de outubro de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre a incorporação da Sogemar, com a extinção do pagamento de royalties por uso da marca a controladores. Na data, os acionistas minoritários vão decidir, em maioria simples, se concordam pagar os R$ 367 milhões aos donos da marca Klabin e, desta maneira, encerrar o pagamento de royalties à Sogemar.
Construção
No setor de construção, o conselho de administração da Plano & Plano, controlada pela Cyrela, aprovou o preço de R$ 9,40 por ação no âmbito da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mediante a emissão de 4.256.000 de ações ordinárias. O valor, conforme antecipou o Broadcast, ficou abaixo da faixa indicativa do preço no prospecto, que ia de R$ 11,25 e R$ 15,25. A estreia da empresa na B3 será amanhã (17).
A MRV, por sua vez, vai adotar nova estratégia digital para ampliar sua força de vendas e, consequentemente, a comercialização de imóveis, de acordo com reportagem do Valor Econômico. A incorporadora pretende quintuplicar o número de corretores que vendem seus produtos e passar a contar também com indicação de potenciais clientes por parte de pessoas que não estão comercializando imóveis.