As bolsas ao redor do mundo operam em terreno negativo em meio à onda de preocupação com o crescimento de novos casos de coronavírus, em especial na Europa. Nos Estados Unidos, as incertezas quanto ao novo pacote fiscal também deixam o investidor mais cauteloso. Já o mercado local acompanha o clima externo, enquanto ajusta suas estimativas para a temporada de balanços.
Após o fechamento do mercado, é esperada a divulgação dos números trimestrais da CSN, que deve apresentar lucro líquido no terceiro trimestre de 2020. No entanto, conforme comentamos em nosso “Quick Call: Um IPO com alto teor de pureza”, o ponto de maior importância para a siderúrgica nos últimos dias tem sido o IPO da unidade de mineração (CMIN).
De acordo com fato relevante divulgado pela companhia, a unidade conta com robusto plano de expansão, esperando aumentar a capacidade de processamento em 227% e pureza do minério de ferro em 5% até 2033. Os recursos do IPO serão destinados para o plano de expansão e para melhorar a estrutura de capital, diminuindo a dívida bruta.
Do lado do consumo, Natura &Co concluiu o processo da oferta pública de distribuição primária de 121,4 milhões de ações ordinárias, cotadas a R$ 46,25 (ou US$ 16,4591 por ADS), o que corresponde a um valor total de R$ 5,614 bilhões. Segundo a companhia, a transação permite que o grupo tenha uma desalavancagem e possibilite investimentos estratégicos que acelerem o crescimento nos próximos três anos, destacando a integração e recuperação da Avon.
Após a conclusão da oferta, a S&P Global elevou o rating da Natura Cosméticos de BB- para BB, com perspectiva estável, citando que a maior parte do dinheiro de sua oferta pública para distribuição primária (follow on) será usado para reduzir a dívida da Avon Products.
No setor de Educação, vale mencionar que, até o presente momento, a Ânima não foi notificada pela Laureate a respeito de qual das propostas formuladas pelos competidores teria sido a escolhida como a mais vantajosa para a aquisição dos ativos do grupo americano no Brasil.
O assunto foi comunicado pela Ânima, após o Valor Econômico noticiar que a Laureate teria escolhido a proposta da companhia para disputar com a Ser Educacional os ativos do Grupo. Segundo a reportagem, a Yduqs – que era considerada como favorita devido ao maior fôlego financeiro – teria ficado de fora.
Na terça, acompanhamos a primeira etapa do Ânima Day de 2020, evento que foi dividido em cinco encontros, em que a companhia anunciou o processo de captação de alunos no segundo semestre de 2020.