As bolsas ao redor do mundo devem refletir a cautela do investidor global diante da continuidade das negociações sobre novos estímulos nos Estados Unidos e da espera do último debate eleitoral entre Donald Trump e Joe Biden na noite de hoje. Por aqui, o principal índice acionário da B3, o Ibovespa, demonstra pouco fôlego, ao passo que o dólar renovou mínimas abaixo dos R$ 5,60, contrariando o fortalecimento da moeda americana em relação a outras divisas, como euro. O ajuste de baixa local ampliou-se em meio à notícia de que a Petrobras concluiu emissão de US$ 1 bi em bonds com vencimento para 2031.
As ações do setor financeiro também permanecem no radar, em meio à expectativa para a divulgação dos balanços do terceiro trimestre, especialmente os bancos que registram três pregões consecutivos de ganhos.
Mais cedo, publicamos um consolidado sobre os resultados dos bancos no terceiro trimestre, com cinco ações dentro do “universo Eleven” de cobertura e nossas preferidas no setor. Após rodada de conversas com os bancos, mantemos nossa visão positiva para o setor no longo prazo, apesar do cenário de curto prazo ser desafiador.
Mesmo incorporando uma forte queda no lucro em 2020, devido à crise provocada pela pandemia, vemos upsides atraentes e acreditamos que os riscos já estejam bem precificados.
Ainda no setor, de acordo com a imprensa, o Banco do Brasil estuda como aproveitar o atual momento de ampla liquidez no mercado externo e de certa tranquilidade antes da eleição presidencial norte-americana para reduzir o custo de sua dívida com títulos de dívida (bonds) por meio da recompra de mais bonds perpétuos emitidos para composição de Basileia.
Anteontem o BB recomprou US$ 1,5 bilhão em bonds perpétuos que pagavam juro anual de 8,5%, utilizando a possibilidade de recompra na data prevista no contrato do papel. O banco utilizou caixa para retirar do mercado esses papéis.
Do lado do varejo, vale acompanhar a repercussão de comunicado da ViaVarejo sobre o fechamento de duas lojas do Ponto Frio, em outubro, na cidade de São Paulo, uma na região de Pinheiros e outra no Shopping Frei Caneca. Segundo a companhia, o movimento é estratégico e tem a ver com diminuir a densidade de lojas em algumas regiões para ganhar mais eficiência operacional.
Educação
Em fato relevante, a Ânima Educação informou que tomou conhecimento via imprensa de que sua proposta de aquisição dos ativos brasileiros do Grupo Laureate foi escolhida como superior, assim como a decisão da Ser Educacional de questionar judicialmente a validade da oferta da rival, fator que derrubou as ações de ambas as empresas no pregão desta quarta-feira.
A Ser Educacional não fez uma contraproposta para adquirir os ativos da norte-americana Laureate (que incluem a FMU e o Anhembi Morumbi), de acordo com reportagem do Broadcast. O entendimento da rede de ensino controlada pelo empresário Janguiê Diniz foi de que a proposta concorrente, feita pela Ânima e declarada vencedora pela Laureate, não cumpria com a exigência posta em contrato, de apresentação das fontes dos recursos a serem utilizados na transação.