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Termômetro do Mercado: Bolsa sobe, dólar cai

O mercado brasileiro acompanha hoje o forte noticiário político, que divide atenção com informações sobre retomada da economia em vários países e a tensa relação entre China e Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, disse que discutirá sanções ao país asiático caso o governo chinês imponha uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong.

No exterior, a manhã é de altas, com os mercados de olho em novos estímulos econômicos na Europa. A expectativa é de um anúncio de um novo pacote de 750 bilhões de euros para combater os impactos do coronavírus.

Por aqui, surgem novas notícias após a Polícia Federal ter cumprido mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governo do Estado do Rio de Janeiro. A operação foi deflagrada com objetivo de apurar indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento de saúde pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Diante do cenário político e da perspectiva lá fora, o dólar acelerou a queda ante o Real, operando abaixo de R$ 5,30, mais cedo, no mercado à vista – menor valor intraday desde 20 de abril (a R$ 5,2654). No mercado futuro de dólar, o contrato com vencimento em junho teve mínima em R$ 5,2960.

No campo corporativo, destaque para o resultado da administradora de shoppings Iguatemi, que teve lucro líquido de R$ 12,453 milhões no primeiro trimestre de 2020, queda de 77,5% em relação ao mesmo período de 2019. A empresa foi afetada pelo fechamento dos centros de compras no País a partir da segunda quinzena de março, em meio a medidas de restrição de circulação para conter a pandemia do novo coronavírus.

Os fechamentos se refletiram em queda nas receitas com locação e estacionamento e em uma provisão para o desconto de 75% no aluguel de março, o que derrubou o lucro. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 102,912 milhões, recuo de 20,5% em um ano. A margem Ebitda diminuiu 9,2 pontos porcentuais, para 65,6%.

Em nossa opinião, a Iguatemi apresentou bons resultados no 1T20, apesar da queda de margens operacionais e aumento no endividamento. A política de concessão de descontos no aluguel de março, com pagamento parcelado a partir de outubro foi a solução que a Iguatemi encontrou junto aos lojistas para se adequar ao momento da pandemia.

Na agenda econômica, tem dados do mercado de trabalho brasileiro (Caged) e o Livro Bege nos Estados Unidos.