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Termômetro do Mercado: Aversão ao risco predomina nos mercados pelo mundo

Dúvidas sobre a saúde financeira de grandes bancos lá fora, aliado ao avanço dos registros de novos casos de COVID-19 em vários países, conduzem o movimento de aversão ao risco nas bolsas ao redor do mundo. O noticiário reforça dúvidas quanto ao ritmo de crescimento da economia mundial, pressionando os ativos considerados de maior risco. Paralelamente, pesa contra a informação de que dois gigantes globais (HSBC e Standard Chartered) teriam movimentado trilhões de dólares durante duas décadas por meio de fundos ilícitos.

Por aqui, às 10h45, Ibovespa registrava queda de 1,85%, aos 96.471 pontos. O dólar, por sua vez, apresentava forte valorização em relação às principais moedas e aqui era cotado na casa dos R$ 5,45.

A agenda econômica desta semana reserva a Ata do Copom, inflação (IPCA-15) e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), mas a atenção continua voltada para o Palácio do Planalto. O governo brasileiro está sob pressão por conta dos incêndios em biomas únicos do Brasil. A cúpula defende que as críticas internacionais e nacionais são fruto de desinformação num movimento de perseguição contra o Brasil, mote do discurso de Jair Bolsonaro na ONU amanhã. Para a semana, também há expectativa para a divulgação de um novo programa social que irá substituir o Renda Brasil.

Na cena corporativa, a Suzano confirmou uma oferta pública secundária de até 150.217.425 ações ordinárias de titularidade do BNDES Participações (BNDESPar). Em fato relevante, a empresa informa que espera ter a oferta precificada em 1° de outubro. Pelo valor de fechamento da ação na sexta-feira (R$ 50,05), a operação pode movimentar até R$ 7,518 bilhões. Desde que o Broadcast divulgou a informação, a ação da companhia tem sofrido, em meio à pressão do mercado para comprar mais barato no dia da precificação.

Lojas Americanas, por sua vez, estuda abrir lojas de conveniência em condomínios fechados, em mais uma iniciativa para dar capilaridade à rede, conforme reportagem da Coluna do Broadcast. A empresa não se pronunciou oficialmente. Mas, segundo apurou a Coluna do Broadcast, o foco das lojas serão produtos alimentícios. Outra novidade, esta oficial, é que a partir deste mês, as compras online na Lojas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato poderão ser retiradas em mais estações de metrô de São Paulo e do Rio de Janeiro. A B2W Digital ampliou sua parceria com a Clique Retire, que faz terminais de autoatendimento para a retirada de compras feitas pela internet. Até o fim de setembro, haverá terminais de retirada em mais 32 estações.

Construção

Ao analisarmos o IPO (oferta pública inicial, na sigla inglês) da Melnick Even nos deparamos com uma estratégia diferenciada, foco regional e histórico consistente de execução. Em nosso entendimento, a companhia mantém um bom nível de rentabilidade ao longo dos últimos 10 anos, baixa alavancagem e estabilidade na margem bruta, dado o modelo de aquisição de terrenos, majoritariamente, via permutas.

A Melnick Even é uma incorporadora com histórico superior a 50 anos e tem um bloco de controle consolidado, com a família Melnick (MPAR) e a Even, que manterão participação majoritária na companhia, independente do resultado da oferta.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) atualizou o plano de negócios da CSN Mineração, sua controlada, e para viabilizar os investimentos na expansão da unidade, autorizou seus diretores a tomarem as medidas necessárias para a realização de IPO da subsidiária.

De acordo com atualização do plano de negócios da empresa enviado nesta manhã à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CSN decidiu pela oferta da unidade de mineração “à luz das condições favoráveis e perspectivas positivas do mercado de minério de ferro”. Além disso, a companhia afirma que a oferta traria recursos necessários para acelerar o crescimento orgânico da mina de Casa de Pedra.