Notícia

Termômetro do Mercado: Aumento acelerado de casos de COVID-19 impactam mercado local

O agravamento da pandemia de COVID-19 e a lenta vacinação no Brasil são os pontos de maior pressão do mercado local hoje, que ainda lida com a aversão ao risco no exterior e monitora de perto as negociações envolvendo a votação da PEC Emergencial esta semana na Câmara, em meio à possibilidade de retirada do teto de R$ 44 bilhões para o pagamento do auxílio emergencial.

Lá fora, os juros da T-note de 10 anos voltaram a ultrapassar a marca de 1,6%, realimentando temores sobre inflação e possível aperto monetário, e pressionando os índices futuros das bolsas de Nova York. O tom negativo dos futuros prevalece apesar de o Senado americano ter aprovado a proposta fiscal de US$ 1,9 trilhão no fim de semana.

No campo corporativo, a agenda de divulgação de resultados do quarto trimestre do ano passado tem nomes de peso no varejo. Hoje, após o fechamento do mercado, o Magazine Luiza deve divulgar seu balanço, após adiá-lo na semana passada. A Petz, rede de petshops, antecipou seu calendário e prevê a divulgação dos números trimestrais ao fim do dia. Smiles e Santos Brasil também apresentam seus números hoje.

Commodities

Vale e siderúrgicas tendem a buscar o comportamento das suas pares no mercado externo. Hoje o preço do minério de ferro fechou em alta de 0,13% em Qingdao (China), negociado a US$ 174,34 a tonelada, refletindo dados comerciais mais recentes do país, que surpreenderam positivamente e elevaram o ânimo.

As importações de minério de ferro da China aumentaram 2,8% nos primeiros dois meses de 2021 em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas da China.

Já os contratos futuros de petróleo voltaram a subir há pouco, depois de perderem fôlego mais cedo em meio à valorização do dólar. A commodity permanece sustentada por relatos de que rebeldes houthi do Iêmen atacaram um grande porto petrolífero da Arábia Saudita ontem e também pela recente decisão da Opep+ de não aumentar sua produção em abril.

Em relação à Petrobras, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a Petrobras não precisa se sujeitar ao regime de licitações da administração pública (Lei das Licitações). O processo foi discutido no plenário virtual do STF a partir de um caso antigo, da década de 90, que chegou ao tribunal em 2005. Nele, a Frota de Petroleiros do Sul (Petrosul) tentava reverter uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que deu aval a um contrato fechado sem licitação pela petroleira em 1994 de fretamento de navios para transporte de cargas.

Câmbio

Como se não bastassem os motivos para cautela doméstica, o dólar forte no exterior traz pressão ainda maior à moeda americana ante o real, que já acumula alta de quase 10% só neste ano. Há pouco, a moeda americana operava com alta de 1,10%, cotada a R$ 5,7459.