Notícia

Termômetro do Mercado: Ata do Copom e cautela antes da reunião do Fed

Dados importantes que serão divulgados hoje devem trazer oscilação no decorrer do dia.

No âmbito nacional foi apresentada agora cedo a ata da última reunião do Copom, realizada no início do mês.

No documento, concluiu que o “ajuste de 1,50 ponto percentual, neste momento, é adequado para atingir, ao longo do ciclo de aperto monetário, um patamar suficientemente contracionista para não somente garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, mas também consolidar a ancoragem de expectativas de prazos mais longos”.

O mercado deve agora fazer as suas interpretações e desdobramentos sobre o teor do que foi apresentado.

Do lado internacional começa hoje a última reunião do ano do Federal Reserve.

A expectativa é que após as últimas declarações de Jerome Powell, presidente do BC americano, de que a inflação pode não ser tão transitória quanto se imaginava, as autoridades monetárias decidam acelerar a redução dos estímulos à economia dos EUA, previstos anteriormente para serem extintos em junho de 2022. Também gera ansiedade saber como será a política de juros do país para o próximo ano.

Esses sinais serão conhecidos apenas amanhã, quando se encerra o encontro. Em compasso de espera o mercado deve digerir os dados sobre os preços ao produtor nos Estados Unidos referente a novembro, anunciados nesta manhã. A projeção é de alta de 0,5% na base mensal.

Importante lembrar que a semana concentra várias reuniões de outros bancos centrais, como o do Japão, Inglaterra e Europa.

Os índices futuros americanos começaram a terça-feira em alta, mas reverteram o movimento apontando para baixo. As principais bolsas da Europa operam de forma mista, após abrirem no campo positivo.

Além da espera do resultado da reunião do Fed, ganham força em todo o mundo as preocupações e incertezas sobre a nova variante ômicron.

Ontem, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou a morte de pelo menos um paciente infectado com a nova variante no país.

Também impactado pela descoberta do primeiro caso de Covid-19 provocado pela ômicron na China, o mercado asiático fechou majoritariamente em queda nesta terça. Todos os principais índices terminaram a sessão no campo negativo.

Além da preocupação com a nova cepa, a região está com um pé atrás devido ao cerco do governo chinês sobre o setor de tecnologia e a ameaça da Evergrande, cuja crise pode se estender para outros setores da economia.

Últimas Corporativas

Banco Inter

O Banco Central aprovou a compra de 100% do capital social da Usend pelo Banco Inter. A Unsed é uma empresa de tecnologia financeira sediada nos Estados Unidos, com subsidiárias no Brasil, Canadá e Reino Unido.

Unidas

A Unidas fará sua 16ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações. Serão 850 mil debêntures com valor nominal unitário de R$ 1 mil, totalizando R$ 850 milhões.

O vencimento das debêntures, que serão lançadas amanhã somente para investidores profissionais, será em 15 de dezembro de 2027.

Arezzo

Até 13 de junho de 2023, a Arezzo deve comprar pouco mais de 5 milhões de ações ordinárias emitidas pela companhia, o que representa cerca de 10% dos papéis em circulação atualmente.

De acordo com fato relevante emitido pela empresa, o programa de recompra de ações tem o objetivo de incrementar a geração de valor dos seus acionistas em razão do desconto atual dos ativos no mercado.

Grendene

A Grendene vai antecipar o pagamento de R$ 71,6 milhões em dividendos, equivalente a R$ 0,0794 por ação.

O pagamento será em 28 de dezembro aos acionistas posicionados até 16 do mesmo mês.

Tambasa

Terceiro maior atacadista do Brasil, a Tambasa protocolou na Comissão de Valores Mobiliários, CVM, prospecto preliminar para a realização de seu IPO, com oferta pública primária e secundária.

Com lucro líquido de R$ 1,004 bilhão alcançado no ano passado, a empresa, que opera nos segmentos de atacado e atacarejo, conta com 22 centros de distribuição que somam 100 mil m² de capacidade de armazenamento.

B3

Em novembro, a B3 atingiu o número de 3.449.800 investidores, 29,3% de alta quando comparado a novembro do ano passado e 1,9% a mais que o mês anterior. Foram 63.490 investidores que ingressaram na bolsa em novembro.

Já o volume financeiro médio diário na B3 no segmento de ações, caiu 6,7% em novembro comparado ao mesmo mês de 2020, chegando a R$ 31,903 bilhões. Na comparação com outubro houve queda de 11,8%.

A capitalização de mercado média das 459 empresas listadas na bolsa brasileira atingiu R$ 4,672 trilhões, 4,4% superior a igual período do ano passado, mas 4,9% inferior em relação a outubro.