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Termômetro do Mercado: Aprovação de vacina nos EUA está mais perto

As bolsas ao redor do mundo operam no campo negativo, apesar de o comitê consultivo do FDA (órgão regulador americano) ter aprovado uma recomendação para que seja liberado nos Estados Unidos o uso emergencial da vacina contra COVID-19 desenvolvida pela Pfizer, em parceria com a BioNTech. No entanto, no mercado local, as articulações políticas e a influência dos preços das commodities merecem atenção.

A forte alta do minério de ferro pode sustentar as ações da Vale hoje, enquanto a agência de classificação de risco S&P alterou a perspectiva de rating BBB- da Vale de negativa para estável.

A justificativa é de que a empresa manterá a dívida ajustada em relação ao Ebitda consistentemente abaixo de duas vezes, apesar das estimativas de maior capex, dividendos e provisões. A agência também cita potenciais multas e responsabilidades relacionadas ao acidente de Brumadinho e medidas de segurança.

A Vale anunciou que as instalações da Vale Nouvelle-Calédonie (VNC) foram evacuadas e as operações suspensas “de forma segura e controlada”, após uma noite de protestos na Nova Caledônia por ativistas pró-independência, na fábrica e arredores. No radar, ainda está a aprovação do FDA para o uso emergencial da vacina da Pfizer nos EUA, o que pode gerar algum ganho no pregão.

Lá fora, a cotação do minério de ferro negociado no porto de Qingdao (China) estendeu os ganhos e fechou em alta de 2,27% nesta sexta-feira, a US$ 160,13 a tonelada. Esta é a 10ª alta consecutiva. Na semana, o ganho acumulado é de 10,42%. Apenas em dezembro, a alta é de 21,6%.

Outra gigante no radar é a Petrobras que vai pagar, na próxima terça-feira (15), dividendos referentes ao ano de 2019, com base na posição de 22 de julho, conforme divulgado nesta data. O valor por ação ON é de R$ 0,239895 e por PN é de R$ 0,000461. Os valores por ação dos dividendos serão corrigidos pela taxa Selic de 31 de dezembro de 2019 até o dia 15 de dezembro.

IPO Neogrid

Termina na próxima segunda (14) o prazo de reserva de ações na oferta pública inicial da (IPO, na sigla em inglês) da Neogrid, fornecedora de software, dados e tecnologia para indústrias, distribuidores e varejistas para aumentar a disponibilidade de produtos nas prateleiras e reduzir os estoques.

O valor mínimo para participar da primeira venda de ações da empresa é de R$ 3 mil, e o máximo, de R$ 1 milhão. A estreia da companhia na B3 está marcada para 17 de dezembro, com o código “NGRD3”.

Na visão do nosso time, o modelo de negócios da Neogrid é altamente escalável através de um ciclo virtuoso auto sustentável, com bom histórico de M&As e diversas oportunidades de cross-sell e up-sell para os clientes.

Por falar em IPO, vale observar a repercussão dos números operacionais da B3. A operadora da bolsa de valores brasileira divulgou guidances para o ano de 2021, com a alavancagem financeira, medida pela relação dívida bruta/Ebitda recorrente em 12 meses, de 1,5x. Os investimentos projetados para o próximo ano estão entre R$ 420 milhões e R$ 460 milhões.

No mês passado, a B3 registrou volume financeiro médio diário de R$ 34,177 bilhões, valor 74,9% maior que o apurado no mesmo mês de 2019. Em relação a outubro, quando o volume foi de R$ 28,482 bilhões, houve alta de 20%. O número de investidores ativos quase dobrou em um ano, passando de 1,616 milhão para R$ 3,205 milhões.

Ainda no setor financeiro, destaque para a Itaúsa que aprovou a realização da 3ª emissão de debêntures da companhia, no valor de R$ 1,3 bilhão. Os recursos serão utilizados principalmente para fazer um aporte na Copagaz, financiando a compra da Liquigás junto à Petrobras.