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Termômetro do Mercado: Ajustes de carteiras e balanços pautam negócios na Bolsa

A Bolsa de Valores caminha para encerrar março com valorização firme, porém o movimento de ajustes de carteiras é que deve ditar o ritmo do último pregão do mês. Até ontem, o Ibovespa registrava alta de mais de +6%. A cena política permanece como pano de fundo, enquanto os investidores observam as principais praças ao redor do mundo que operam esta manhã sem direção única.

Na agenda o destaque fica por conta da taxa de desemprego no trimestre encerrado em janeiro, além das leituras de fevereiro do déficit do setor público consolidado. No exterior, saíram dados de inflação medida pelo CPI na zona do euro, em leitura prévia de março, e o relatório ADP da criação de postos de trabalho em empresas privadas nos Estados Unidos. O governo de Joe Biden deve anunciar ainda os detalhes de um plano federal trilionário de infraestrutura.

Aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desocupação ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) estava em 11,2%. No trimestre até dezembro de 2020, a taxa de desocupação estava em 13,9%.

Paralelamente, a temporada de balanços do quarto trimestre tem uma rodada forte que deve movimentar os negócios com ações hoje.

No setor financeiro, atenção para Banco BMG que registrou lucro líquido de R$ 76 milhões no quarto trimestre de 2020, número 53,3% menor que no mesmo período de 2019. No ano, a instituição teve ganhos de R$ 329 milhões, recuo de 10,3%. A carteira de crédito do banco encerrou o ano passado em R$ 14,093 bilhões, o que representa um crescimento de 21,4% na comparação com o fim de 2019, e de 6,8% em três meses.

O BMG comunicou também a aprovação de um novo programa de recompra de ações, que passará a vigorar a partir de amanhã até 31 de março de 2022, autorizando a aquisição de até 9,905 milhões de ações PN, o equivalente a 10% dos papéis em circulação.

A Qualicorp, por sua vez, lucrou R$ 67,6 milhões no quarto trimestre, alta de 12,4% ante o mesmo período de 2019. No ano, a empresa apresentou lucro líquido de R$ 392,1 milhões, com acréscimo de 5,3% ante 2019.

Já a varejista de produtos esportivos Centauro registrou queda de 91,1% no lucro líquido do quarto trimestre de 2020 em relação a um ano antes, para R$ 14,593 milhões. No ano, a empresa sofreu prejuízo de R$ 112,805 milhões, revertendo o lucro de R$ 309,727 milhões do exercício anterior. O Ebitda do quarto trimestre chegou a R$ 126,058 milhões, queda de 57,8% na comparação anual. O Ebitda de 2020 somou R$ 156,168 milhões, recuo de 76,8% sobre o indicador de 2019.

A plataforma de venda de produtos usados Enjoei registrou prejuízo de R$ 18,856 milhões no quarto trimestre de 2020, uma piora de 47% em relação ao prejuízo do mesmo período do ano anterior. O Ebitda ficou negativo em R$ 18,869 milhões, 71% superior ao Ebitda negativo do quarto trimestre de 2019.

Paralelamente, o Magalu informou a aquisição das plataformas ToNoLucro e GrandChef, com o objetivo de fortalecer sua operação de delivery de alimentos. Segundo comunicado da companhia, o aplicativo tem forte atuação em Goiás, Pará e Tocantins, com presença em mais de 40 cidades e com 5 mil restaurantes cadastrados e 2 mil entregadores ativos. A plataforma, por sua vez, conta com uma rede de entregadores e também gerencia pagamentos dos pedidos.