Os resultados da Taurus no 2T22 seguiram o esperado arrefecimento da demanda no mercado americano de pistolas, refletindo quedas nas principais linhas. A produção e as vendas apresentaram recuos de 11% e 21% respectivamente frente ao 2T21, compensados parcialmente pelo crescimento de vendas no Brasil (+12,6%) com produtos de maior valor agregado. O câmbio médio apresentou uma valorização de 6,8% impactando negativamente a receita do período. O índice de intenções de compras de armas no mercado norte-americano medido pelo NICS registrou uma retração de 8% a/a, enquanto as vendas do trimestre recuaram 28%. A linha de despesas com vendas chamou a atenção com o crescimento de 23% a/a, influenciada por maiores esforços de marketing e contratação de pessoal para divulgação de novos produtos. Esses movimentos fizeram com que a Taurus apresentasse o menor EBITDA dos últimos cinco trimestres (inclusive menor que o 1T, sazonalmente mais fraco), o que deve refletir em uma reação negativa do mercado hoje.