O setor de utilities tem uma maior probabilidade de ter a Sabesp e a Copasa privatizadas após o primeiro turno das eleições, já que o candidato Tarcísio de Freitas foi para a disputa do segundo turno pelo governo de São Paulo e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, reelegeu-se. Além disso, as novas composições das assembleias legislativas dos estados favorecem esse cenário. Entre as duas empresas, a que tem menor possibilidade de ser privatizada é a mineira, pois são necessários 60% dos deputados da Assembleia Legislativa e a solução de uma pendência sobre recursos da Vale para Paraopeba, de R$ 2,0 bilhões, para que a desestatização ocorra. Mesmo assim, entendemos que existe uma janela de oportunidade atrativa, porque o Novo Marco Legal do Saneamento traz desafios importantes para a manutenção da carteira de contratos para as companhias estaduais de saneamento, bem como oferece oportunidades de consolidação e crescimento importantes para aquelas que estiverem capitalizadas e bem geridas. Em relação à Sanepar, não vemos mudança relevante com o resultado da eleição, em razão da reduzida participação do Paraná no capital total da companhia.