Durante a teleconferência de resultados, a São Martinho comunicou que deve segurar a venda de etanol anidro, provavelmente, até o início do ano que vem, quando deve terminar a redução do PIS/Cofins (PLP 18/22) sobre os combustíveis. Segundo a companhia, durante esse período ela deve efetuar apenas a venda do volume que já está contratado pelas distribuidoras de combustíveis. Estratégia acertada, em nossa visão, dado que o volume não contratado é residual e a companhia espera conseguir comercializá-lo em melhores preços. Caso, por algum motivo, o cenário se reverta, a companhia revisitaria sua decisão. Além disso, a São Martinho comunicou também que caso a condição atual que impacta o preço do etanol em cerca de R$ 360/m³ se estenda também pelo ano que vem, ela suspenderia a execução da segunda fase de seu projeto de produção de etanol a partir de milho. Em relação a primeira fase já implementada, a continuidade desse quadro significaria uma perda de 30% a 40% do EBITDA do projeto. Projeto que ainda não consideramos em nosso modelo, mas que estimamos com um NPV de aproximadamente R$1,50/ação. De modo que, o impacto supracitado representaria, em nossa avaliação, cerca de 3% do nosso preço alvo.
