O Grupo SBF reportou um resultado fraco, mas em linhas gerais, dentro das nossas expectativas. A receita líquida consolidada totalizou R$ 1,47 bilhão (+9,5% a/a), impulsionada principalmente pela FISIA (+16,5% a/a), com a Centauro crescendo apenas 0,9% a/a. Ao analisarmos as unidades de negócios separadamente, o resultado da Centauro no trimestre é explicado pela (i) abertura de 3 novas lojas e reforma de outras 11 para o modelo G5, (ii) fraca performance do canal digital (-29,6% a/a) devido aos menores descontos praticados, mas que foi compensado por (iii) um bom desempenho das lojas físicas (+12,7% a/a). Já para a FISIA, o resultado foi impulsionado pela inauguração de 6 novas lojas, robusto crescimento do canal digital (32,4% a/a) e um SSS de 8%.
Ambas as unidades de negócio apresentaram ganho de rentabilidade, com a margem da FISIA expandindo 3,7 p.p a/a e Centauro 2,9 p.p a/a. Com a redução do ambiente mais promocional (especialmente em Centauro) e melhor mix de canais, junto do aumento das vendas diretas para o consumidor, a margem bruta do grupo ficou em 18,9% (+4 p.p a/a).
No operacional, o EBITDA ajustado ficou em R$ 133,7 milhões (+11% a/a), beneficiado positivamente pelo ganho de margem bruta e compensando as maiores despesas operacionais (+20,8% a/a), principalmente com royalties e marketing. Por fim, a surpresa negativa foi o aumento das despesas financeiras (+230% a/a) devido a maior taxa de juros, que fez com que o lucro líquido ajustado retraísse em 56% a/a, totalizando R$ 16,8 milhões.
