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PETR4 tem queda de 41% no Ebitda no 2T23

O resultado do segundo trimestre veio em linha com as estimativas do mercado. O maior volume produzido de derivados (+9,4% na comparação trimestral) com a forte taxa de utilização das refinarias (93% vs. 85% no primeiro trimestre) não foi suficiente para compensar a queda dos preços do Brent e dos derivados. A receita caiu 14% sobre o primeiro trimestre devido à desvalorização de 4% do Brent e redução de 40% dos crack spreads do diesel, cujas receitas recuaram 15%. As exportações também apresentaram um recuo expressivo, de 34%, com menor receita com petróleo (-48%), consequência da desvalorização do Brent, maior utilização nas refinarias e de uma base forte de comparação no primeiro trimestre que vendeu volumes estocados. O lifiting cost apresentou leve alta de 1% com maiores gastos de integridade e valorização cambial, atingindo US$ 21,2 por barril. Com isso, o Ebitda atingiu US$ 11,7 bilhões (-1% na comparação com o consenso de mercado; -18% na comparação trimestral; -41% na comparação anual). Para os próximos trimestres esperamos maiores volumes produzidos com a entrada em operação de duas plataformas extratoras de petróleo em campos relevantes da companhia. No entanto, as incertezas quanto à política de preços dos combustíveis persiste. A defasagem para os preços internacionais está alta, acima de 20%, causando uma paralisação superior a 70 dias na importação de combustível. Caso o Brent continue se valorizando e a companhia não ajuste seus preços, deve prejudicar seus resultados futuros.