O Magazine Luiza (MGLU3) reportou resultados fracos, com uma dinâmica leve de vendas refletindo um cenário restritivo para o consumo. As vendas totais atingiram R$ 14,7 bilhões (+6,0% na comparação anual), com o e-commerce apresentando crescimento de 7,0%, enquanto o mercado online brasileiro apresentou retração de 15% no período, de acordo com a Neotrust. Destaque para as vendas 3P no marketplace, que apresentaram evolução de 15,1%. Com isso, a receita líquida foi de R$ 8,6 bilhões (+0,1% na comparação anual e +0,3% na comparação com nossas estimativas). Já o lucro bruto atingiu R$ 2,57 bilhões (+0,6% na comparação anual), com a margem bruta apresentando expansão de 0,2% ante o mesmo período de 2022, beneficiada principalmente pelo aumento da margem de serviços, a despeito do impacto do Difal na margem das mercadorias. Enquanto isso, o Ebitda ajustado totalizou R$ 440 milhões (-10,6% na comparação anual e -6,4% na comparação com nossas projeções), com margem Ebitda de 5,1% (-0,6 p.p. na comparação anual), impactada negativamente pelo aumento de despesas com vendas e PDD. Ainda, como resultado do aumento das despesas financeiras no período, a companhia reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 198,9 milhões (vs. prejuízo de R$ 112 milhões no segundo trimestre de 2022 e de R$ 170 milhões nas nossas estimativas). O destaque positivo do resultado foi a geração de caixa operacional no período, de R$ 846,5 milhões, influenciada pela variação do capital de giro, dada uma melhora de 16 dias no ciclo de caixa. Apesar dos resultados fracos, vemos perspectivas melhores neste segundo semestre e, principalmente, em 2024, devido à queda na taxa de juros, melhora no ambiente no consumo e alavancagem operacional beneficiando-se de uma recuperação. Dito isso, mantemos nossa recomendação de compra.