A receita líquida da MAHLE apresentou crescimento de 14% em ambos os períodos de comparação, consequência do maior volume de vendas de Equipamento Original no mercado interno e pelo forte desempenho do Aftermarket em ambos os mercados. O crescimento da receita foi compensado, parcialmente, pela valorização do real no período. O desempenho positivo do segmento de EO ocorreu mesmo diante do mercado ainda pressionado pela falta de semicondutores, problema que explica o forte desempenho das peças de reposição, mostrando a resiliência do faturamento da companhia. Apesar desse movimento, a companhia registrou queda de margens bruta e EBITDA devido, principalmente, à elevação dos custos com matéria-prima e despesas com fretes, que seguem elevados e impactados pelo lockdown chinês e a guerra na Ucrânia. A crise de semicondutores ainda segue afetando a produção de veículos novos, o que tende a seguir pressionando as margens da companhia no curto prazo como visto no 2T22, além de dificultar nas negociações de repasse de preços nos contratos. Os resultados no geral vieram neutros, em nossa visão, assim não esperamos movimentações significativas.