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Itaúsa reporta lucro líquido recorrente de R$ 3,0 bilhões no 2T22

A Itaúsa reportou lucro líquido recorrente de R$ 3,0 bilhões no 2T22, maior em 5,5% na comparação anual, porém quando comparado ao trimestre anterior houve queda de 21%. A maior parte do resultado da Itaúsa vem das participações no setor financeiro, com destaque para o avanço no lucro do Itaú, impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito e melhor margem financeira, contribuindo com a maior parcela do resultado das empresas investidas da holding (82%). Em menor escala, a XP Inc. também contribuiu positivamente para o resultado da Companhia (+138% a/a). Em relação as outras investidas, Copa Energia (distribuição de GLP) e NTS (transporte de gás natural) apresentaram forte crescimento das receitas, principalmente em decorrência de reajustes de preço no período, aumentando a contribuição anual no resultado de Itaúsa em 433% e 281%, respectivamente. Alpargatas (bens de consumo) e a Dexco (materiais para construção civil) apresentaram crescimento de receita, apesar da desaceleração de demanda e pressões inflacionárias no custo de alguns insumos, porém na comparação com o mesmo período do ano anterior houve redução no lucro conferido à holding. Vale comentar duas movimentações que ocorreram após o fechamento do 2T22: i) a assinatura dos contratos, em conjunto com a Votorantim, para aquisição da totalidade das ações detidas pela Andrade Gutierrez na CCR e, ii) a venda de 1,26% do capital da XP continuando o processo de desinvestimento, passando a deter 10,31% do capital total da XP, bem como da necessidade de caixa para fazer frente ao recente investimento na CCR. Por fim, o desconto de holding de Itaúsa para o valor de mercado da soma das empresas investidas ficou em 23,6% no 2T22, ainda acima do patamar observado no final de 2019 (18,7%), o que em nossa visão ainda representa um valuation atrativo e, portanto, considerando as boas perspectivas para as empresas investidas, sobretudo o Itaú, e a estratégia de diversificação de portfólio, buscando reduzir a dependência do setor financeiro sobre seu resultado, que consideramos como positiva, reiteramos a recomendação de compra para Itaúsa.