O Itaú anunciou a compra de 35% da corretora Avenue, avaliando a companhia em R$ 1,4 bilhão e, em dois anos, o Itaú irá comprar mais 15,1%, assumindo o controle do negócio. Na primeira fase do acordo, o Itaú irá desembolsar cerca de R$ 493 milhões, referentes a uma tranche primária de R$ 160 milhões e o restante é referente a uma secundária. A segunda etapa, quando o Itaú assumirá o controle da Avenue, irá se dar por um múltiplo de receita pré-determinado, múltiplo esse que é pouco usual nesse tipo de transação. Já a terceira etapa deverá acontecer no quinto ano, quando o Itaú poderá exercer uma opção de compra para adquirir a participação remanescente detida pelos atuais acionistas da Avenue. A ideia do banco é plugar a Avenue dentro de seu aplicativo, para que o cliente possa fazer, em um mesmo ambiente, as transações bancárias e de investimento no Brasil e no exterior. O Itaú tem uma estrutura robusta no exterior na gestão de fortunas, mas ainda não tinha iniciado seu negócio de varejo, diferente de alguns concorrentes. Além do Bradesco que, há alguns anos, fez a aquisição do BAC Florida Bank e, mais recentemente, lançou o US Invest no segmento de varejo, aproveitando a estrutura do BAC, o BTG Pactual e a XP Investimentos também estão se posicionando organicamente para entrar no segmento de varejo nos EUA. Vemos a transação como positiva, reforçando a estratégia do Itaú Unibanco em estabelecer um ecossistema robusto de investimentos internacionais para o varejo, contribuindo para diversificação de produtos e serviços. A conclusão dessa operação está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores.