O resultado do segundo trimestre veio em linha com nossas estimativas. O destaque positivo ficou com a ON Aços Especiais devido aos segmentos de veículos pesados e óleo e gás, que puxaram a demanda. O Ebitda do segmento cresceu 21% na comparação trimestral com ganho de 2,6 p.p. de margem. O destaque negativo foi a ON América do Norte devido a paradas de manutenção, uma inesperada e outra que durou mais que o esperado, diminuindo a produção em 12%, afetando as vendas e o Ebitda, que totalizou R$ 1,8 bilhão (-25%). No Brasil o Ebitda atingiu R$ 992 milhões (-7%) devido ao pior mix, com maior direcionamento das vendas para exportação (+47%), enquanto o mercado interno reduziu 2% no período. Por fim, a receita atingiu R$ 18,3 bilhões (-1% na comparação com nossas estimativas; -3% na comparação trimestral; -21% na comparação anual), o Ebitda totalizou R$ 3,8 bilhões (-0,6% na comparação com nossas estimativas; -12% na comparação trimestral; -43% na comparação anual) e o lucro líquido registrou R$ 2,1 bilhões (+13% na comparação com nossas estimativas; -10% na comparação trimestral; -50% na comparação anual). Vemos um mercado interno mais aquecido para o segundo semestre. O início de um ciclo de redução de taxa de juros tende a favorecer o setor de construção, além de programas governamentais que estão sendo lançados para aumentar o consumo, como o Plano Safra e Minha Casa Minha Vida. Nos Estados Unidos, pacotes governamentais de infraestrutura também tendem a estimular a demanda, que continua resiliente na região, com pedidos em carteira de 60 dias para a Gerdau.