A Engie divulgou seu balanço do primeiro trimestre e apresentou um Ebitda de R$ 1,2 bilhão, crescimento de 2% em comparação ao mesmo período do ano passado. A baixa evolução foi resultado do aumento do custo de compra de energia e combustível para geração de energia, além da elevação dos encargos da rede elétrica. Assim, o lucro consolidado caiu 9,4%, como consequência das despesas financeiras, atreladas ao endividamento da empresa, o qual foi direcionado a novos investimentos. Apesar disso, o resultado trimestral ainda não capturou os efeitos do COVID-19. Como ponto positivo para o enfrentamento da crise, a posição de caixa alcançou R$ 4,2 bilhões. A estratégia para preservar seus recursos se baseou na captação de novos empréstimos, em rolagem de dívidas e na adoção do standstill do BNDES (possibilidade da suspensão temporária, pelo prazo de até seis meses, de amortizações de empréstimos contratados junto ao BNDES) para certas subsidiárias. Nossa perspectiva para a companhia é boa no longo prazo, com a entrada em operação de investimentos de transmissão e possibilidade de expansão de seu negócio de gás, esta com mais chances de acontecer a partir de 2022.