Notícia

Eleven Movers – Resultados 3T23

Resultados 3T23

 

Track & Field – TFCO4 (Compra | R$ 15,00) ?

Magazine Luiza – MGLU3 (Sob Revisão) ?

Grupo SBF – SBFG3 (Neutra | 14,50) ??

CSN ? CSNA3 (Compra | R$ 23,00) ??

CSN Mineração ? CMIN3 (Compra | R$ 7,00) ?

Mills ? MILS3 (Compra | R$ 16,00) ?

Tupy ? TUPY3 (Compra | R$ 38,00) ??

Desktop – DESK3 (Compra | R$ 22,00) ?

?? Consumo e Varejo | Niels Tahara

Track & Field – TFCO4 (Compra | R$ 15,00). A Track&Field apresentou resultados sólidos no 3T23, com o sell out totalizando R$ 294 milhões no período (+20,4% a/a) e Same Store Sales de +15,2%, com destaque para a performance das lojas reformadas para o novo conceito, com lojas próprias crescendo 34,3% e franquias 33,8% ante o 3T22. Com isso, a receita líquida atingiu R$164,3 milhões (+18,9%), beneficiada pelo crescimento nas vendas das lojas próprias, bom resultado no Dia dos Pais, boa performance da liquidação de inverno e início das vendas da coleção de verão. Já o lucro bruto foi de R$ 94,4 milhões (+19,3% a/a) com a margem bruta se mantendo praticamente estável (+0,1 p.p. vs. 3T22). O resultado foi consequência do crescimento dos royalties e do SSS, assim como do aumento de margem em lojas e na venda de mercadorias para franqueados. No operacional, o EBITDA ajustado totalizou R$ 36,8 milhões (+22,4 a/a), com a expansão de 0,6 p.p. na margem EBITDA ante o mesmo período do ano anterior sendo explicada pela alavancagem operacional da companhia, principalmente devido à diluição das despesas com vendas, dada a maior representatividade do canal de franquias e da postergação de alguns gastos para o quarto trimestre, cuja execução ainda está sendo analisada pela empresa. Já no bottom line, o lucro líquido atingiu R$ 27,2 milhões (+10,4% a/a), refletindo o bom desempenho nas outras linhas. Com a sólida execução e a exposição a um segmento resiliente, continuamos positivos com a tese de investimentos, dado o sólido nível de execução, e mantemos nossa recomendação de Compra.

 Magazine Luiza – MGLU3 (Sob Revisão). A Magazine Luiza reportou resultados fracos, ainda que dentro do esperado. As vendas totais atingiram R$ 15 bilhões (+5,0% a/a), com as vendas no e-commerce apresentando crescimento de 6% ante o 3T22, enquanto o mercado online brasileiro apresentou retração de 7% no período, de acordo com a Neotrust. Destaque para as vendas no marketplace, que apresentaram evolução de 25% a/a.  Com isso, a receita líquida totalizou R$ 8,6 bilhões (-2,6% a/a), impactada negativamente pela volta do DIFAL, com aumento das deduções sobre a receita bruta. Já o lucro bruto foi de R$ 2,61 bilhões (+7,9% a/a), com a margem bruta apresentando expansão de 1,0 p.p. ante o mesmo período de 2022, beneficiada principalmente pelo aumento da margem de serviços que contribuiu para a expansão de margem (maior margem bruta dos últimos seis anos. Enquanto isso, o EBITDA ajustado totalizou R$ 487,5 milhões (-0,7 p.p. vs. 3T22), com margem EBITDA de 5,7% (+0,1 p.p. vs. 3T22), beneficiado pelo aumento da margem bruta de mercadorias e de serviços, mas com o efeito parcialmente compensado pelo aumento das despesas com vendas, dado o crescimento do marketplace. Na última linha, a companhia reportou prejuízo de R$ 143,4 milhões. Além do resultado, a companhia divulgou fato relevante no qual reconheceu lançamentos contábeis inadequados de bônus de fornecedores, com ajuste acumulado no patrimônio líquido no valor de R$ 829,5 milhões, líquido de impostos e sem impacto no fluxo de caixa, além de um aumento de R$ 1,3 bilhão na conta de fornecedores. Diante do resultado e do fato, estamos revisando nossa recomendação.

Grupo SBF – SBFG3 (Neutra | 14,50). O Grupo SBF apresentou resultados trimestrais com bons sinais de melhora. A Receita Líquida atingiu 1,79 bilhão (+22,0% a/a), impulsionada principalmente pelo bom crescimento da receita de Fisia (+47,1% a/a), com destaque para a expansão de 83% a/a no canal de lojas físicas da Fisia, beneficiado pela inauguração de 19 lojas Nike nos últimos 12 meses. Já o lucro bruto totalizou R$ 831,6 milhões (+18,0% a/a), com margem bruta de 46,4% (-1,6 p.p. vs. 3.T22) impactada negativamente pela política remarcação de preços como parte do plano para redução do nível de estoque na operação de Fisia, com o impacto parcialmente compensado pelo aumento na participação de vendas nos canais DTC. No operacional, o EBITDA totalizou R$ 169,4 milhões (+74,2% a/a), com margem EBITDA de 9,4% (+2,8 p.p. a/a), impactada positivamente pelas iniciativas de redução de despesas, pela alavancagem operacional o período e pela migração de Fisia para canais DTC. Na última linha, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 70,5 milhões (+52,5% a/a), beneficiado principalmente pela maior diluição de despesas operacionais, apesar do pior resultado financeiro. Apesar da melhora nos resultados, mantemos nossa recomendação Neutra. Ainda enxergamos riscos de execução na reestruturação com foco em rentabilização e um desempenho fraco na operação de Centauro. Além disso, a alavancagem financeira de 2,98x Dívida Líquida Ajustada/EBITDA (ex-IFRS) também deve continuar pressionando a última linha, apesar da queda de juros.

?? Materiais básicos | Felipe Ruppenthal

CSN ? CSNA3 (Compra | R$ 23,00): O resultado do 3T23 foi em linha com nossas estimativas, com a companhia mostrando bons números devido, principalmente, ao segmento de mineração, que junto com cimentos e logística compensaram o fraco desempenho da siderurgia. O Ebitda atingiu R$ 2,7 bilhões (+4% vs. Eleven; +24%t/t;+4% a/a). O destaque positivo foi a Mineração com um Ebitda de R$ 1,9 bilhão (+81% t/t; +117% a/a) e margem de 46%, impulsionada por maior volume e preço, com recorde de produção da companhia e demanda aquecida na China. O destaque negativo ficou com a Siderurgia com Ebitda de R$ 183 milhões (-67% t/t; -85% a/a) e margem de 3%, influenciado pela alta taxa de penetração de aço importado no mercado nacional, que causou queda de volumes e preço. A alavancagem apresentou redução de 150bps, atingindo 2,6x dívida líquida/Ebitda. A companhia anunciou novas projeções para 2023 com elevação na produção de minério com um custo caixa mais elevado, abandono das estimativas de volume de vendas e do Ebitda/ton. na siderurgia e aumento da alavancagem para 2023 e 2024. Os resultados foram positivos, levemente acima do consenso, mostrando uma desalavancagem e sinais de normalização no mercado siderúrgico, com volumes crescendo no mercado interno. Enquanto a mudança de projeções foi majoritariamente negativa, mas de certa forma previsível e dentro de um intervalo esperado.

CSN Mineração ? CMIN3 (Compra | R$ 7,00): O resultado veio dentro de nossas estimativas. O Ebitda atingiu R$ 1,9 bilhão (+5% vs. Eleven; +81% t/t; +117% a/a) com margem de 46% (+4 p.p. vs Eleven; +16 p.p. t/t; +10 p.p. a/a), influenciado positivamente pelo recorde de produção e vendas, que atingiram 11,6 milhões de toneladas (+3% t/t;+28% a/a) e maiores preços (+15% t/t; +34% a/a), ajudados pela forte demanda chinesa, que manteve um elevado nível de utilização das usinas siderúrgicas. O CPV ajudou, apresentando redução de 4% t/t com a menor compra de minério de terceiros e menor utilização de portos de terceiros. A forte geração de caixa no período fez a CMIN voltar a ter caixa positivo em R$ 1,7 bilhão. A companhia anunciou uma mudança de projeções para 2023, aumentando a produção de 39 a 41 mil ton. para 41 a 42 mil ton (+4%). O custo caixa C1 estimado anteriormente entre US$ 19/ton a US$21/ton passou a ser de US$ 22/ton (+10%). O resultado ficou cerca de 13% acima das estimativas do consenso, mostrando uma forte evolução no Ebitda e uma boa conversão de caixa. A mudança nas projeções traz uma evolução de custos superior ao aumento de produção, porém com os bons preços de minério que tem se mantido em bons patamares pode compensar este efeito.

?? Indústrias e Transportes | Felipe Ruppenthal

Mills ? MILS3 (Compra | R$ 16,00): A Mills apresentou bons números no 3T23, acima de nossas expectativas e com bom crescimento sobre o mesmo período do ano passado. O Ebitda atingiu R$ 179 milhões (+16% vs Eleven;+36% a/a) com ganho de 5p.p. de margem. Ambos os segmentos tiveram boa performance, com destaque para formas e escoramentos, cujo Ebitda cresceu 64% a/a com ganho de 11 p.p. de margem, atingindo R$ 32 milhões, proporcionado pela demanda aquecida e por aumentos significativos de preços. O principal segmento, Rental, cresceu 25% a/a com Ebitda de 146 milhões ganho de 1p,p, de margem. A companhia apresentou bons resultados, refletindo sua estratégia de diversificação no segmento de Rental com a linha de pesados proporcionando crescimento e resiliência, esperamos que os resultados continuem com uma boa tendência, aproveitando de um cenário de menor taxas de juros.

Tupy ? TUPY3 (Compra | R$ 38,00): O resultado da Tupy veio em linha com as estimativas. O Ebitda atingiu R$ 367 milhões (+3% a/a) com margem de 12% (- 1 p.p. a/a). O destaque positivo fico com o mercado interno com crescimento de 28% a/a nas receitas, atingindo R$ 959 milhões, enquanto o mercado externo cresceu apenas 4% no período, com R$ 2,0 bilhões de faturamento. A incorporação das receitas da MWM foi grande responsável por este crescimento, que no segmento de distribuição atingiu 115% a/a. No entanto, o crescimento das receitas foi compensado por maiores custos operacionais decorrente da apreciação do peso mexicano nas matérias-primas e maior custos com manutenção e serviço de terceiros. O que resultou em crescimento modesto no Ebitda de 3% a/a. Apesar do cenário adverso com a queda de produção e vendas de veículos pesados no Brasil, a companhia conseguiu apresentar crescimento em seus números, grande parte devido a incorporação dos números da MWM.

?? Tecnologia e Telecom | Carlos Daltozo

Desktop – DESK3 (Compra | R$ 22,00). A companhia apresentou mais um bom resultado trimestral, seguindo a tendência de evolução de seu modelo de negócio. A receita totalizou R$ 255 milhões (+36% a/a) impulsionada por aquisições realizadas no período, que expandiram a área de atuação. O Ebitda ficou em R$ 128 milhões (+35% a/a) com a margem se mantendo no patamar de 50% (+40bps t/t), puxado por uma melhor alavancagem operacional e captura de sinergias nas empresas adquiridas. O Lucro Líquido fechou o trimestre em R$ 40 milhões, superando nossas estimativas. Mantemos a nossa recomendação de Compra com um preço-alvo de R$ 22,00 para o fim de 2024. A Desktop é uma de nossas Top Picks do setor de tecnologia.