Os índices futuros de Nova York operam em queda diante do avanço dos juros dos Treasuries longos e após Wall Street encerrar a última semana com perdas em meio às incertezas sobre a trajetória dos juros nos EUA e a crise no Oriente Médio. Nos próximos dias, investidores vão acompanhar nos EUA mais balanços corporativos, incluindo de gigantes de tecnologia e a primeira leitura do PIB e da inflação PCE do terceiro trimestre. As bolsas europeias operam em baixa em uma semana que trará balanços de várias empresas locais, além de decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O S&P 500 futuro cai 0,35% e o Euro Stoxx tem baixa de 0,08%.
As bolsas asiáticas fecharam em baixa, com perdas lideradas pelos mercados chineses, que atingiram os menores níveis em um ano nesta segunda-feira em meio à saída de investimento estrangeiro. Os contratos futuros do petróleo recuam nesta manhã, ampliando leves perdas da sessão anterior, à medida que ajuda humanitária começou a chegar à Faixa de Gaza no fim de semana em meio a esforços diplomáticos para evitar que o conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas se alastre pelo Oriente Médio.
A cautela no exterior deve pesar no mercado local, que fica de olho em Campos Neto, após a frustração com os dados da atividade econômica do País em agosto e revisão para baixo no mercado da mediana para o PIB do terceiro trimestre. Ibovespa deve ficar também na expectativa dos balanços de Santander e Vale e ainda da votação na Câmara da tributação de fundos exclusivos e offshore, que poderá ocorrer amanhã. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) se manifestou de forma favorável à consulta feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para desobrigar o governo a cumprir o mínimo constitucional da saúde de 2023. Os Estados do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) se declararam comprometidos em buscar a eficiência e a simplificação da carga tributária. O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), diz que o Senado já tem maioria para aprovar trava a aumento da carga tributária.