Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, sugerindo que Wall Street irá estender as perdas de ontem, à medida que os juros dos Treasuries de longo prazo seguem avançando e diante da queda de ações da Meta (Facebook). A divulgação de dados econômicos nos EUA também deve impactar as bolsas norte-americanas. O PIB dos EUA cresceu 4,9% no 3º trimestre, superando as expectativas, assim como as encomendas de bens duráveis que subiram 4,7% em setembro na comparação mensal, acima do esperado. Na Europa, as bolsas operam majoritariamente em baixa significativa, enquanto investidores seguem avaliando balanços corporativos e o comportamento dos rendimentos dos Treasuries, além da decisão de política monetária do BCE, que como já era esperado, manteve a taxa básica de juros por lá inalterada. O S&P 500 futuro cai 0,36% e o Euro Stoxx tem baixa de 1,00%.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, após Wall Street sofrer perdas ontem em meio ao avanço dos juros dos Treasuries e balanços corporativos mistos, mas as chinesas driblaram o mau humor, ainda sustentadas por novas medidas de estímulo fiscal. Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, revertendo parte dos ganhos de cerca de 2% da sessão anterior, à medida que o dólar se fortalece e Israel aparentemente adia planos de invadir Gaza por terra.
No cenário doméstico, investidores vão digerindo o IPCA-15 que foi divulgado a pouco e mostrou alta de 0,21% em outubro ante alta de 0,35% em setembro. Além disso, a aprovação na Câmara do projeto de lei que prevê a taxação dos fundos de alta renda (exclusivos e offshore) por 323 a 119, e uma abstenção pode ajudar no apetite ao risco. O PL deve ajudar o governo na tarefa de cumprir e meta de déficit fiscal zero no ano que vem, com arrecadação em 2024 de cerca de R$ 18 bilhões. O aval ocorreu no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa no lugar de Rita Serrano, que foi demitida. Também ontem o Senado aprovou o PL que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e o texto agora segue para sanção presidencial.