Os índices futuros das bolsas de Nova York mostram sinais negativos, após o desempenho positivo de Wall Street ontem, com investidores à espera de balanços de dois grandes bancos dos EUA, dados sobre a indústria dos EUA e comentários de autoridades do Fed. A pouco foi divulgado as vendas no varejo dos EUA que veio mais forte que o esperado com alta de 0,7% em setembro na comparação mensal. As bolsas europeias operam sem um viés único em meio a preocupação com os desdobramentos da crise no oriente médio. O S&P 500 futuro cai 0,48% e o Euro Stoxx tem baixa de 0,68%.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, acompanhando o bom desempenho de Wall Street ontem e de olho nos esforços dos EUA para evitar que a crise entre Israel-Hamas se alastre no Oriente Médio. Os contratos futuros do petróleo estão voláteis desde a madrugada e voltam a subir nesta manhã, após caírem mais de 1% na sessão anterior em meio à especulação de que os EUA poderão retirar sanções ao setor petrolífero da Venezuela. A crise do Oriente Médio segue no radar em meio aos esforços dos EUA para evitar uma escalada do conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. No fim da tarde de hoje, o API divulga pesquisa semanal sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA.
O mercado doméstico deve repercutir as vendas no varejo nos EUA acima do esperado, aguardando outros dados econômicos que vão sair entre hoje e amanhã tanto nos EUA quanto na China e aqui no Brasil. O IGP-10 saiu a pouco e acelerou para 0,52% em outubro acima da mediana das expectativas. Além disso, o investidor acompanhará ainda o andamento do projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda (exclusivos e offshore) na Câmara. O relator do PL, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), deve se reunir hoje com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes de encontro com líderes, para discutir a proposta – um dos pilares do pacote de medidas arrecadatórias da equipe econômica. Pedro Paulo reforçou que a principal dúvida sobre o projeto refere-se às diferenças de tributação entre os fundos offshore e exclusivos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou ontem, 16, que a pauta econômica é a prioridade do governo no Congresso. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo espera a apresentação do texto da reforma tributária pelo relator para que possam discutir pontos importantes do projeto, como o tamanho do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR).