A CVC (CVCB3) divulgou sua prévia operacional do quarto trimestre de 2022 e do início do primeiro trimestre de 2023. Em janeiro de 2023, as reservas confirmadas totalizaram aproximadamente R$ 1,35 bilhão (+90% em comparação com o mesmo período do ano passado) com as reservas realizadas pelas lojas crescendo 132%, resultado da maior oferta de produtos exclusivos (principalmente Carnaval) e das melhores condições obtidas junto a parceiros. Já no quarto trimestre de 2022 as reservas confirmadas totalizaram R$ 3,45 bilhões (+14%) e as reservas consumidas, R$ 3,68 bilhões (+7%), resultado de uma maior procura por destinos internacionais, uma maior disponibilidade da malha aérea e um crescimento da procura por produtos marítimos. No consolidado, as reservas confirmadas e consumidas cresceram 55% e 64%, respectivamente, com destaque para a Argentina (+143%), devido a uma base de comparação mais fraca. No geral, a prévia veio em linha com as nossas expectativas, mas, apesar dos sinais de retomada do turismo brasileiro e da melhora no top line da companhia, ainda enxergamos um cenário difícil para a CVC no curto e médio prazos, com o ambiente competitivo intensificando-se cada vez mais (fusão da Max e 123 milhas), além da perspectiva de manutenção do patamar de juros altos em 2023 e do alto nível de endividamento da companhia, o que vai acabar pressionando por mais tempo o resultado da companhia. Por fim, no dia 31/01 a companhia anunciou a contratação da BR Partners para negociar com debenturistas e reperfilar sua dívida, além de ter tido seu rating de crédito alterado de brBB, para brCCC+, o que nos deixa em alerta em relação à saúde financeira da CVC.