Os resultados de CSN vieram em linha com nossas estimativas. O Ebitda de R$ 3,3 bilhões (+3% vs. Eleven; -31% t/t; -60% a/a) foi negativamente impactado pelo segmento de mineração. Os demais segmentos da companhia compensaram em parte o resultado ruim do segmento. A siderurgia conseguiu aumentar preços no mercado interno e manter margem Ebitda ao redor de 25% (- 1p.p. t/t), porém a redução de volumes de 8% t/t impossibilitou o crescimento do Ebitda (R$ 1,9 bilhão) no período, que reduziu 6% t/t. A redução em volume foi vista principalmente no setor de distribuição, pois setores como automotivos, linha branca e indústria apresentaram crescimento ao redor de 40% /t. O segmento de cimentos apresentou bons resultados, com Ebitda (R$ 475 milhões) 65% superior frente ao 1T22 e ganho de 9 p.p. de margem impulsionados pelo crescimento de vendas e maiores preços, com o mercado de construção aquecido. O segmento de logística foi favorecido por maiores volumes transportados e preços mais altos assim como redução das despesas com vendas e administrativas, que fizeram com que o Ebitda (R$ 322 milhões) crescesse 41% sobre o trimestre anterior. Para os próximos trimestres esperamos uma recuperação do segmento de mineração com melhores preços e volumes, a possível incorporação da La Farge, incrementando de forma significativa os resultados de cimentos e resultados mais significativos em energia com as recentes incorporações feitas pela companhia. Na parte da siderurgia devemos ver um cenário de estabilidade, com arrefecimento da demanda no mercado interno e maior direcionamento para exportações.