No segundo trimestre, o Carrefour (CRFB3) reportou mais um resultado fraco, ainda bastante impactado pela integração do Grupo BIG e pelas altas taxas de juros, além da desaceleração na inflação de alimentos. As vendas brutas apresentaram crescimento de 9,7% na comparação anual, devido à expansão orgânica e consolidação das lojas do Grupo BIG, apesar do desempenho mais fraco no Atacarejo, com o same store sales do Cash & Carry apresentando queda de 4,3%. O destaque positivo foi a expansão da margem bruta de 0,4 p.p. com os ganhos de escala dada a aquisição do BIG. Ainda assim, as despesas da integração e conversões das lojas continuaram a impactar de forma relevante o resultado operacional, com o Ebitda apresentando queda de 21,7%. Com o pior desempenho operacional e a pressão no resultado financeiro com as altas taxas de juros e a maior alavancagem, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 249 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 619 milhões no segundo trimestre de 2022. Por fim, outro ponto de atenção no resultado foi a manutenção da tendência de crescimento da inadimplência do Banco Carrefour, que atingiu 13,7% no trimestre (+0,8 p.p.), resultando em uma queda de 34,5% no lucro do banco.