O destaque positivo no resultado ajustado da Cemig foi o segmento de geração, que contribuiu para o aumento de 87% a/a no EBITDA ajustado da Cemig GT através da estratégia de comercialização com maior volume de vendas no 2T22 e do aumento de margem pelo maior preço de venda a consumidores. Isso ainda considerando que parte do volume da comercializadora foi transferido para a holding, deixando de contribuir com o EBITDA da Cemig GT. O resultado do 2T22 foi impactado pelos seguintes efeitos não recorrentes, excluídos do EBITDA ajustado: i) provisão na Cemig D de R$1,4 bilhão relativa aos créditos integrais de PIS/Cofins a serem repassados aos consumidores com a promulgação da Lei 14.385/22 (sem efeito caixa imediato e em discussão judicial); ii) reversão na Cemig GT de R$171 milhões da provisão para perdas em Santo Antônio em razão do patrimônio líquido ter ficado positivo depois do aumento de capital; iii) baixa de ativos financeiro de indenização a receber de geração (R$172 milhões) e iv) ganho de R$60 milhões com a venda de participação e créditos na Renova. Assim, o EBITDA reportado sem os ajustes teria sido de R$354 milhões e a provisão é a principal causa para a forte queda no lucro do 2T22 (-97% a/a) para R$50 milhões.