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Banco Inter divulga sua prévia operacional do 1T22

O Inter divulgou seus dados operacionais do 1T22 mostrando bons números com evolução em todas as linhas de negócios. Destaque para o número total de correntistas que alcançou 18,6 milhões em março, forte crescimento de 82% A/A. Com a conclusão da aquisição da Usend, a companhia lançou sua sexta avenida de crescimento (Cross Border Services), com volume financeiro transacionado em remessas internacionais superior a US$ 200 milhões ao longo do 1T22. Sobre a área de crédito, a instituição anunciou acordo operacional com o Mercantil do Brasil, para explorar operações de crédito focadas no público com mais de 50 anos, com volume total de até R$ 2 bilhões em 18 meses. No mais, a originação de crédito do Inter no 1T22 foi de R$ 4,5 bilhões (+22% A/A), impulsionada pela concessão de crédito para empresas. A inadimplência da carteira, por sua vez, ficou em 3,3%, ante 2,8% no trimestre anterior. Na comparação com outros bancos focados em pessoas físicas, apesar de estar aumentando sua participação em cartão de crédito e empresas, o Inter apresenta, de forma geral, uma carteira de crédito diversificada e conservadora, operando em linhas com garantia como consignado, imobiliário e rural. Vale comentar também que o banco transacionou R$ 14,1 bilhões em cartões no período, avanço de 86% A/A, sendo que o volume transacionado em cartões de crédito cresceu 122%, para R$ 6,4 bilhões. No marketplace, o GMV superou R$ 1 bilhão (+56% A/A), e o número de clientes ativos chegou a 3,1 milhões. No lado da plataforma de investimentos, o número de investidores ficou em 2 milhões no período (+34% A/A), atingindo R$ 58,1 bilhões em AuC (+11% A/A). Já em seguros, foram 915 mil clientes ativos em carteira (+149% A/A) representando uma penetração de 5% na base de clientes. Em nossa visão o Banco Inter vem entregando bom crescimento em todas as verticais de atuação, e deve seguir esta trajetória em 2022. Por outro lado, pode enfrentar dificuldades no curto prazo, diante do ambiente macro desafiador, com a maior escalada da Selic, além da expectativa de piora na inadimplência, principalmente nas linhas sem garantia, por conta do maior endividamento das famílias e da alta da inflação, que acaba afetando a renda disponível para pagar os empréstimos.