A B3 registrou um resultado praticamente em linha com o consenso de mercado, com lucro líquido recorrente de R$ 1,24 bilhão no primeiro trimestre, menor em 7,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior e 0,9% superior comparando com o trimestre anterior. Essa redução anual foi impactada pelas menores receitas líquidas (-4,7%), refletindo a queda nos segmentos listado (-10,4%), diante do menor número de ofertas no período e dos menores volumes negociados, e infraestrutura para financiamento (-10%), por conta da diminuição de veículos vendidos no país e do cenário macroeconômico menos favorável para financiamentos. Em paralelo, houve aumento nas despesas de 29,5% no mesmo período, refletindo, principalmente, o crescimento de despesas com serviços de terceiros (+224%), processamento de dados (+67%) e pessoal (+37%). O resultado financeiro foi positivo em R$ 229 milhões, revertendo o prejuízo financeiro de R$ 48,3 milhões no primeiro trimestre de 2021, beneficiado pela alta da taxa básica de juros. Conforme apontado na divulgação dos dados operacionais referentes a abril, os números apresentados demonstraram redução do volume médio diário negociado tanto na comparação mensal (-13,4%), quanto na comparação anual (-11,4%) que em nossa visão está relacionada à alta instabilidade do cenário, pressão inflacionária e escalada das taxas de juros, momento em que os investidores buscam maior proteção. Esperamos menos ofertas de ações ao longo de 2022, que será um ano volátil devido às eleições e às incertezas diante do conflito na Ucrânia.
