A B3 apresentou o resultado do 2T22, com lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão, queda de 0,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior e 1,5% no trimestre. Essa redução foi impactada pelas menores receitas líquidas (-7,3% a/a), refletindo a queda nos segmentos Listado (-10,4% a/a), diante do menor número de ofertas no período e menores volumes negociados e, Infraestrutura para financiamento (-5,3% a/a), por conta da diminuição de veículos vendidos no país e do cenário macroeconômico menos favorável para financiamentos. Em paralelo, houve aumento nas despesas de 12,4% no mesmo período, refletindo, principalmente, o crescimento de despesas com serviços de terceiros (+107,6% a/a), processamento de dados (+41,1% a/a) e pessoal (+11,7% a/a). Por outro lado, o segmento de Balcão apresentou crescimento de 13,7% a/a, diante da alta no estoque de instrumentos de renda fixa, que atingiu R$ 4,7 trilhões ao final do trimestre. O resultado financeiro foi negativo em R$ 15 milhões revertendo o saldo positivo de R$ 132 milhões no 2T21, prejudicado pelo aumento anual de 228% nas despesas, refletindo o aumento da taxa de juros e a liquidação antecipada de empréstimos. Conforme apontado na última divulgação dos dados operacionais referentes a julho de 2022, os números apresentados demonstraram redução do volume médio diário negociado tanto na comparação mensal (-19,4%), quanto na comparação anual (-22,8%) que em nossa visão está relacionada a alta instabilidade do cenário, pressão inflacionária e escalada das taxas de juros, onde os investidores buscam maior proteção. O 2S22 continuará volátil devido às eleições e as incertezas diante do conflito na Ucrânia. Ainda assim, continuamos positivos com a capacidade de entregar bons resultados da B3, que segue investindo em tecnologia, com a estratégia de oferecer novos produtos e serviços para os clientes
30 de novembro de 2023
