A Azul anunciou ontem a saída de 12 aeronaves Embraer modelo E-195 E1 de sua frota operacional de passageiros até o final de 2023. A medida representa uma redução de 27% em relação à frota do modelo no segundo trimestre, além de uma aceleração significativa do plano de transformação da frota. Segundo a companhia, a saída de 12 aeronaves do modelo E1 está relacionada à recente negociação de venda de cinco aeronaves para a Azorra Aviation que ajuda a reduzir a dívida, ao fim do arrendamento de quatro aeronaves, e à conversão de três aeronaves em cargueiros. Vemos a saída dos E1s como positiva, pois possibilita a Azul avançar com o recebimento dos modelos mais novos e eficientes (E195-E2) que possuem um custo por assento 26% menor que a versão anterior, dada sua capacidade 15% maior e dado o consumo de combustível 18% menor, o que permitirá uma expansão das margens nos próximos anos. Entendemos que, mesmo com a capacidade maior das novas aeronaves, a companhia conseguirá manter o load factor entre 70% alto e 80% baixo, dada sua exclusividade na maioria das rotas em que opera, e o custo mais baixo por assento gera uma margem para compensar eventuais quedas na taxa de ocupação.
