Em nossa visão, a Americanas apresentou um resultado misto no 2T22 e dentro de nossas estimativas em termo de top-line, com o melhor crescimento de GMV (11% a/a) reportado entre as varejistas horizontais (vs MGLU3 1,1% e Via -3,5%) e com retomada de rentabilidade, em que acreditamos que a maior diversificação de seu portfólio e menor dependência de produtos de linha branca quando comparado aos pares do setor foram os principais motivos para o crescimento no trimestre. O canal físico apresentou uma recuperação de 26,9% a/a, com vendas mesmas lojas de 10,2%, devido principalmente a volta do fluxo de clientes. O GMV totalizou R$ 13,9 bilhões, sendo o 3P o grande motor de crescimento do canal online (+18,3%), compensando a queda de 7,6% do 1P. Em termos de rentabilidade, devido as maiores eficiências operacionais e sinergias da fusão entre LAME e B2W, a companhia apresentou uma diluição de Sg&a resultado em um crescimento de EBITDA ajustado de 29,1% (+2,2 de margem). Por fim, diante um resultado financeiro dobrado, com maiores despesa financeiras pela alta da taxa de juros, a companhia reportou um prejuízo de R$ -98 milhões, entretanto melhor do que estávamos esperando. Também vale destacar de forma negativa, a forte queima de caixa do período de R$ -1,5 bilhões.